Além de retirar as ações, o Rio Ônibus se comprometeu a climatizar todos os 7,2 mil coletivos até 2020Daniel Castelo Branco
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Publicado 04/06/2018 22:18 | Atualizado 04/06/2018 22:18

Rio - Após o anúncio do aumento da passagem de ônibus municipal do Rio na sexta-feira, o Rio Ônibus (Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio) iniciou nesta segunda o processo de retirada de ações judiciais contra a prefeitura.

A retirada das ações, que somam R$ 180 milhões, foi uma das obrigatoriedades colocadas pelo prefeito Marcelo Crivella para implantar o reajuste na passagem de R$ 3,60 para R$ 3,95, um aumento de quase 10%. A nova tarifa só entrará em vigor 10 dias depois das empresas de ônibus retirarem integralmente as ações. Ontem, o Rio Ônibus não deu uma previsão para o fim desse processo.

As medidas judiciais foram tomadas pelo sindicato pelo descumprimento do contrato em 2013, 2017 e 2018 por parte da prefeitura. Nesses três anos, o reajuste contratual anual, que busca repor custos com mão de obra, óleo diesel, pneus, veículos e outras despesas, não foi respeitado.

Frota refrigerada

Outra obrigatoriedade imposta por Crivella no acordo com a Rio Ônibus é a climatização dos 7,2 mil ônibus que compõem a frota em operação na cidade do Rio até 2020. No fim deste ano, de acordo com o cronograma, 60% da frota deve ter ar-condicionado.

Além disso, as empresas de ônibus doarão R$ 7 milhões para a compra de asfalto. A prioridade é a reforma das pistas usadas pelo BRT Transoeste. Amanhã, representantes de fabricantes de ônibus vão se encontrar com o prefeito para apresentar os possíveis novos modelos a serem utilizados no Rio. Segundo Crivella, "a via até Santa Cruz está quebrando ônibus e incomodando passageiros".

Mudança de preço

O valor da passagem dos ônibus municipais do Rio teve muitas oscilações nos últimos meses. No início do ano passado, a tarifa era de R$ 3,80. Por determinação judicial, o valor baixou para R$ 3,60 em agosto e, em novembro, para R$ 3,40.

Em 5 de fevereiro deste ano, o preço da passagem retornou a R$ 3,60. Três dias depois, nova liminar determinou a queda do valor da passagem em R$ 0,20.

A decisão, no entanto, foi suspensa antes mesmo de começar a ser cumprida quando, no fim de fevereiro, a Justiça suspendeu a liminar. A tarifa, então, permaneceu em R$ 3,60.

 

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