No dia 12 de julho foram presas 12 pessoas suspeitas dos crimesEstefan Radovicz
Por O Dia

Rio - O Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), denunciou uma quadrilha de Duque de Caxias por tráfico de drogas e extorsão qualificada e conseguiu, junto à 1ª Vara Criminal da Comarca do município, a expedição de 18 mandados de prisão preventiva contra os criminosos.

De acordo com a denúncia, o bando anunciava a venda de um veículo em um site de vendas pela internet. As vítimas, acreditando se tratar de um anúncio verdadeiro, combinavam de se encontrar com o suposto proprietário do veículo. Dessa forma, os criminosos sabiam de antemão que as vítimas possuíam altas quantias de dinheiro em conta bancária, uma vez que pretendiam comprar um veículo automotor.

Após sequestrarem as vítimas, os acusados as obrigavam a fornecer senhas e outros dados bancários. Segundo a ação, as investigações demonstraram que a quadrilha agia, principalmente, com a finalidade da prática do tráfico de drogas, levantando recursos para a compra de drogas, armas e munições, como ficou demonstrado em interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça.

O texto da decisão judicial, publicada no último dia 9/8, diz que “o crime atribuído aos denunciados é de extrema lesividade social, que afeta diretamente a comunidade caxiense, seja por meio da destruição de instituições familiares fundamentais para o desenvolvimento individual e coletivo, seja pela atuação violenta dos narcotraficantes sobre os indefesos moradores da cidade, subjugados pelo enorme poderio bélico dos criminosos”.

Ainda de acordo com a magistrada responsável pela decisão “a liberdade dos denunciados contribuiria para o sentimento de insegurança social, o que coloca em risco a ordem pública local e a eventual necessidade de aplicação da lei penal, já que as investigações revelaram que os denunciados, uma vez em liberdade, muito provavelmente irão continuar com as condutas imputadas”.

Em julho deste ano a quadrilha foi desbaratada após operação conjunta do Gaeco e da Polícia Civil, através da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, responsável pelas investigações. Na ocasião, foram cumpridos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contra os membros do grupo.

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