Rio - A corretora de imóveis Karina Garofalo Pereira, de 44 anos, foi morta a tiros na frente do filho de 13 anos na tarde desta quarta-feira na Barra. A vítima chegava à sua residência, no Condomínio Américas Park, quando um homem atravessou a Avenida Malibu e fez disparos com uma pistola.
Karina Garofalo era natural de Volta Redonda, bacharel em Direito e filha do empresário Pepe Garofalo, já falecido, que era dono de distribuidora de jornais e diretor do Volta Redonda Futebol Clube.
Imagens de uma câmera de segurança mostram que o criminoso disparou pelas costas de Karina, que foi atingida três vezes na cabeça. Segundo a Polícia Militar, ele estaria encapuzado e fugiu em um Renault preto.
O filho da vítima estava a alguns metros de distância da mãe e não viu o momento em que ela foi baleada, mas escutou um barulho de tiros semelhante a uma arma de paintball. Por conta disso, a polícia acredita que o assassino tenha utilizado um silenciador, que diminui o ruído dos disparos.
"Por enquanto, descartamos latrocínio (roubo seguido de morte), pois nada foi levado. Trabalhamos com execução", disse Pedro Pilher, delegado da Delegacia de Homicídios (DH).
Algumas pessoas que estavam perto do local relataram os últimos passos da vítima. Karina teria saído do Shopping Rio Design Barra, passado pelo estacionamento, acessado o Open Mall. Depois, teria caminhado pela Rua Professor Alfredo Colombo e, por fim, na Avenida Malibu, onde foi morta, próxima ao número 45. Durante o trajeto, ela teria sido seguida.
Segundo essas testemunhas, um Renault preto ficou esperando Karina sair ao lado do estacionamento do Rio Design, na Rua Rino Leví. Já um segurança, que também relatou ter visto o crime, afirmou que o assassino saiu andando, entrou na Rua Professor Alfredo Colombo e teria fugido em um carro branco. Familiares estiveram no local, mas não quiseram dar entrevistas.
Foi o segundo homicídio registrado na Barra da Tijuca em menos de 24 horas. Na noite de terça-feira, o funcionário da Fundação Cesgranrio Paulo Serra Souza, 60 anos, foi atingido por dois tiros na Avenida Abelardo Bueno. Morador do Cachambi, ele estava com da esposa, filha e neta, que não foram atingidas. A morte dele está sendo investigada pela DH, mas como latrocínio.