Diretor do Museu Nacional, Alexandre Kellner, pede "uso da força" de agentes da Polícia Federal caso alguém queira entrar no espaçoAgência O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO
Publicado 06/09/2018 10:21 | Atualizado 06/09/2018 12:06

Rio - A tragédia que destruiu o Museu Nacional causou uma enorme rede de solidariedade de pessoas ligadas ao espaço, pesquisadores especializados que viram no incêndio uma perda sem precedentes, além de integrantes da sociedade civil. Entretanto, o diretor da instituição, Alexandre Kellner, não está muito satisfeito com a grande aglomeração na porta do Nacional. Exaltado, ele conversava na manhã desta quinta-feira com agentes da Polícia Federal (PF) e disse "para usar a força" em quem quisesse entrar.

"Não é para deixar entrar. Se quiserem entrar, vocês podem usar a força", falou, gritando com os agentes da Polícia Federal (PF) que estavam próximo ao Museu Nacional. Os trabalhos foram paralisados momentaneamente hoje por conta da chuva.

O diretor do museu vai estabelecer um grupo de trabalho assim que a área for totalmente liberada, mas esta equipe ainda não foi definida. Por enquanto, só quem é autorizado por Kellner pode entrar. Existe uma preocupação de quando a Polícia Federal for embora quanto à segurança do espaço.

Chuva interrompe trabalhos

A chuva que atinge a região na manhã desta quinta-feira paralisou os trabalhos de perícia da Polícia Federal, o que atrasa ainda mais o início da retirada dos possíveis itens que resistiram ao incêndio. Mais cedo, o diretor administrativo do Museu Nacional disse que será realizado um trabalho de arqueologia para achar itens que resistiram ao incêndio.

"Isso deve vai durar meses. Visivelmente existem algumas peças que podem ser recuperadas, mas é preciso cuidado, já que até o toque podem estragá-las. O desafio é fazer isso tudo sem prejudicar o acervo. Vamos fazer o trabalho de arqueologia no prédio para resgatar o museu. Nunca imaginaríamos que isso iria acontecer, mas vamos devolver esse museu à população com qualidade", disse o diretor de administração do Nacional, Wagner Martins, que apontou itens da coleção de paleontologia e minerais como os que podem ser reaproveitados, assim como um armário encontrado que não se sabe o que tem dentro ainda.

Uma reunião dos representantes do museu e da UFRJ discutiu como será a contratação de andaimes para o prédio e a colocação de uma lona que vai cobrir o espaço destruído.

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