Rio - O trabalho de tentar recuperar o acervo que possa ter resistido ao incêndio que destruiu o Museu Nacional vai exigir técnicas usadas por arqueólogos. Um especialista em Arqueologia foi designado e está captando e treinando voluntários que, assim que for liberada a entrada no espaço destruído, ajudarão nas "escavações" na instituição. A chuva que atinge a região na manhã desta quinta-feira paralisou os trabalhos de perícia da Polícia Federal, o que atrasa ainda mais o início da retirada dos possíveis itens que resistiram ao incêndio.
"Isso deve vai durar meses. Visivelmente existem algumas peças que podem ser recuperadas, mas é preciso cuidado, já que até o toque podem estragá-las. O desafio é fazer isso tudo sem prejudicar o acervo. Vamos fazer o trabalho de arqueologia no prédio para resgatar o museu. Nunca imaginaríamos que isso iria acontecer, mas vamos devolver esse museu à população com qualidade", disse o diretor de administração do Nacional, Wagner Martins.
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Segundo Martins, há no momento duas frentes de trabalho no espaço: uma é o registro fotográfico de locais onde estão autorizada a entrada, na tentativa de mapear espaços onde haja possíveis itens do acervo. A outra é a filmagem por drone, que estão descendo até a parte interna e fazendo imagens. O trabalho é feito por cinco pesquisadores do Coope, da UFRJ, e itens da coleção de paleontologia e minerais foram encontrados e podem ser reaproveitados, assim como um armário, que não se sabe o que tem dentro. Eles serão catalogados e os registros facilitarão as buscas no futuro.
Uma reunião dos representantes do museu e da UFRJ discutiu como será a contratação de andaimes para o prédio e a colocação de uma lona que vai cobrir o espaço destruído. Existe também uma preocupação de quando a Polícia Federal for embora quanto à segurança do espaço.