Rio - O padrasto de Pedro Henrique de Oliveira Gonzaga, de 19 anos, morto após ser imobilizado por um segurança de um supermercado da Barra da Tijuca, esteve no IML, na manhã desta sexta-feira, para liberar o corpo do jovem. Ele, que não quis se identificar, disse poucas palavras para a imprensa presente, informando que estava trabalhando quando tudo aconteceu.
Pedro morreu depois que recebeu um "mata-leão" de Davi Ricardo Moreira Amâncio, de 32 anos, segurança de um supermercado Extra da Barra, na Zona Oeste do Rio. A ação desproporcional foi filmada por pessoas que presenciaram a cena. Várias delas tentaram, em vão, pedir para que o Davi saísse de cima do jovem, que teria tentado pegar a arma do agente.
Em depoimento dado à Delegacia de Homicídios da Capita (DH), que investiga o caso, o padrasto de Pedro Henrique disse que o enteado seria internado em uma clínica de reabilitação em Petrópolis. De acordo com o homem, ele estava com a mãe no Extra para comprarem mantimentos, antes de viajarem para o município da Região Serrana.
Ainda segundo o padastro, Pedro era usuário de drogas. A polícia diz que ele já teve duas passagens por posse de drogas e agressão.
Os investigadores defendem que Davi foi imprudente, pois tem treinamento para esses tipos de situação e não procedeu como devia. O segurança prestou depoimento na DH ainda ontem, pagou fiança e vai responder em liberdade pelo crime de homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
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