Rio - Uma das vítimas da batida entre dois trens da SuperVia, na manhã desta quarta-feira, diz que a colisão foi bem forte. "Foi o maior porradão. Todo mundo ficou desesperado. Começou a sair fumaça", relembra o motorista Luiz Thiago Mendes, de 31 anos, que, assim como vários feridos, foi levado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro.
O acidente envolveu dois trens de passageiros da companhia e aconteceu pouco antes das 7h no sentido Zona Oeste do ramal de Deodoro. "A porta demorou a abrir, mas os agentes da SuperVia agiram rápido. Os bombeiros chegaram rápido também", diz Luiz Thiago.
Agentes de três quartéis do Corpo de Bombeiros foram acionados para prestar socorro às vítimas: Praça da Bandeira, Quartel Central e Vila Isabel. Além do motorista, pelo menos outras oito pessoas ficaram feridas, dentre elas um maquinista, que ficou presos às ferragens por mais de três horas.
"A batida provocou um barulho bem alto e pensamos que a passarela estava caindo", conta a promotora de vendas Amanda Campos, de 30 anos, que estava em uma passarela da estação. "Depois é que percebemos que ela não tinha caído, voltamos e vimos o que estava acontecendo lá embaixo".
De acordo com a promotora de vendas, as portas dos trens demoraram cerca de meia hora para serem abertas, até que começaram a aparecer as primeiras vítimas.
"Foi um susto muito grande. Na hora ficamos bem apreensivos. Tremeu tudo. O barulho dos ferros retorcendo foi muito grande", acrescenta.
A SuperVia informou que "está instaurando uma sindicância para apurar as causa do acidente".
Já a Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro) avisou que abriu um boletim de ocorrência e que a SuperVia poderá ser multada.
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