Rio - Já dura mais de sete horas o socorro ao maquinista que ficou preso às ferragens da batida de trens que aconteceu na manhã desta quarta-feira. Desde pouco depois das 7h, mais de 30 bombeiros de três quarteis tentam retirar Rodrigo Assunção dos ferros retorcidos da colisão que aconteceu na estação São Cristóvão da SuperVia, na Zona Norte do Rio. A família dele, que tem 15 anos de profissão, acompanha tudo de perto.
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A Supervia proibiu que os parentes do maquinista falassem com a imprensa. Durante 10 minutos, uma mulher — que se disse "representante" da concessionária — tentou impedir que jornalistas se aproximasse dos familiares. Vendo que os profissionais insistiram, ela os levou para uma outra área restrita da plataforma.
No início do socorro, uma das primeiras medidas adotadas ao maquinista foi colocar uma balão de oxigênio para que ele conseguisse respirar naquela situação. Os bombeiro usam, a todo o momento, maçarico para cortar os ferros. Os agentes estão serrando por debaixo do trem e estão tendo dificuldades.
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O uso do maçarico é feito em séries, com o despejo de água para resfriar a área, que fica bastante aquecida com o uso da ferramenta. O maquinista está acordado, conversa com os agentes e recebe soro a todo o momento. Já foram usadas pelo menos três bolsas de sangue para repor o sangue perdido por ele.
Mesmo após horas de trabalho, uma peça bem pesada ainda está sobre o corpo do maquinista. Os bombeiros estão com dificuldade para retirar a estrutura de cima dele. A prioridade é cortar o objeto e liberar o espaço para seu salvamento.
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"Neste momento, os militares atuam em duas frentes de trabalho: uma equipe por dentro da composição, realizando afastamento das ferragens por meio de desencarceradores hidráulicos e outra do lado externo, realizando cortes nas ferragens com auxílio de aparelho de oxi-acetileno. O trabalho é lento, meticuloso e exige perícia técnica dos militares envolvidos. A prioridade é o suporte à vida da vítima", o Corpo de Bombeiro disse, através de nota.
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