Trens da SuperVia colidem na estação de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, na manhã desta quarta-feira - Mauricio Pingo / Parceiro/Agência O Dia
Trens da SuperVia colidem na estação de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, na manhã desta quarta-feiraMauricio Pingo / Parceiro/Agência O Dia
Por Luiz Portilho e Rafael Nascimento

Rio - Os sinais das linhas da SuperVia entre as estações Central do Brasil e São Cristóvão estariam verdes momentos antes da colisão entre dois trens, na manhã desta quarta-feira. Isso indica que o maquinista que bateu na outra composição teve a permissão dos controladores de tráfego para seguir viagem, até que aconteceu o acidente. As informações são de funcionários da concessionária ouvidos pelo DIA, que não quiseram se identificar.

O choque entre os trens aconteceu em São Cristóvão, pouco antes das 7h. Um trem de passageiros que vinha da Central, em direção a Deodoro, bateu em outro que estava parado na estação. Nove pessoas ficaram feridas, dentre elas um maquinista, que ficou preso às ferragens.

As mesmas fontes ouvidas pelo DIA contaram que o trem que foi atingido estaria com problemas técnicos e ficou parado em São Cristóvão por muito tempo. O maquinista deste não teria avisado ao controle de tráfego que continuava na estação, até que foi atingido pelo outro tem.

Depois de passar pelo Hospital Souza Aguiar, o encanador Sandro Ricardo Moreira, 43 anos, também conta que o trem que foi atingido, onde ele estava, ficou vários minutos parados na estação, com as portas abrindo e fechando. "Ficou uns dez minutos parado, até que sentimos o impacto. Foi um impacto muito grande. Teve uma moça que machucou muito a coluna; outro bateu com a cabeça", diz.

O encanador Sandro Ricardo Moreira deixou o Souza Aguiar com a perna engessada - WhatsApp O DIA (21) 98762-8248

Perícia

Poucas horas depois do acidente, agentes da Polícia Civil chegaram à estação para a realização da perícia. Pritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli também foram ao local do acidente.

O titular da 17ª DP (São Cristóvão), o delegado Hilton Alonso, disse ao DIA que solicitou uma perícia na estação para saber o que teria causado o acidente. Funcionários e as vítimas do acidente deverão prestar depoimentos nos próximos dias.

Procurada pela reportagem sobre a sinalização do tráfego aéreo da via momentos antes do acidente, a SuperVia disse que ainda não tem como confirmar a informação. "As causas (do acidente) estão sendo apuradas", a concessionária informou, através de sua assessoria de imprensa.

Maquinista ficou presos às ferragens - Estefan Radovicz / Agência O DIA

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