O carro do delegado ficou com várias marcas de tiros, que teriam sido dados de dentro do veículoReprodução / Internet
Por O Dia
Publicado 28/03/2019 17:15 | Atualizado 28/03/2019 17:40

Rio - Após pedido de deputados da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, a Corregedoria Geral da Polícia Federal e a Secretaria Executiva do Conselho de Segurança Pública do Estado do Rio irão investigar a conduta do delegado federal Marcelo Costa Prudente. Na última terça-feira, ele atirou contra uma viatura da PM depois de uma perseguição, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

O delegado foi encaminhado à 12ª DP (Copacabana) pelos PMs, mas não foi autuado em flagrante. Ele responderá em liberdade pelo crime de disparo de arma de fogo em via pública. O caso foi colocado como pauta na reunião da comissão pela deputada federal Major Fabiana (PSL). Este é o primeiro mandato da major da Polícia Militar. O requerimento foi enviado aos órgãos competentes citados.

Para O DIA, a deputada afirmou que é necessário uma apuração detalhada da ação dos dois delegados, o da Polícia Civil, da 12ª DP, e especialmente do policial federal Marcelo Costa Prudente. 

"Não estou aqui para pré-julgar, julgar ou condenar, mas para pedir apuração transparente. Por isso eu pedi à Comissão de Segurança Pública para que esse fato seja apurado de forma adequada. Poderia ter feito individualmente pelo meu gabinete, mas submeti à apreciação da Comissão, por lá terem também policiais civis e federais, para mostrar um posicionamento imparcial, desejando tão somente combater corporativismos e impunidade e que todas as ações sejam transparentes", disse deputada federal.

Ela destacou que atos de corporativismo para encobrir condutas irregulares devem ser combatidos e punidos, por serem prejudiciais à sociedade.

"Na minha avaliação, não houve a consumação do homicídio por ações externas à vontade do delegado da polícia federal, que efetuou pelo menos dez disparos de arma de fogo contra os policiais militares. Tem que apurar, tanto a tentativa de homicídio quanto o enquadramento do Registro feito na PCERJ", completou a deputada.

O caso

De acordo com a Polícia Militar, os policiais do 2ºBMP (Botafogo) estavam em patrulhamento e viram o carro do delegado trafegando em alta velocidade pela Rua Voluntários da Pátria, em Botafogo. Houve uma perseguição e os agentes fizeram um cerco pelas vias, até que o veículo foi visto se aproximando da entrada de um condomínio no bairro. Um dos policiais chegou até o vidro do carro e foi surpreendido quando o delegado da Polícia Federal começou a disparar.

Um dos PMs foi ferido por estilhaços, recebeu atendimento na UPA Botafogo e já teve alta. A Polícia Militar afirma que os PMs não dispararam contra o agente da PF. Depois dos disparos, o veículo do delegado foi encontrado na vaga da garagem do condomínio, o responsável pela vaga foi chamado e se identificou como agente da Polícia Federal. Ele foi levado à 12ª DP (Copacabana), uma pistola e um carregador foram apreendidos.

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