Museu Nacional passou por um incêndio de grandes proporções em setembro de 2018Tânia Rego / ABr
Por Agência Brasil
Publicado 19/06/2019 17:12 | Atualizado 19/06/2019 17:13
Rio - Um evento que aconteceu nesta quarta-feira, explicou como especialistas italianos podem colaborar na recuperação de peças do Museu Nacional, que foi destruído em um incêndio em setembro de 2018
A discussão é uma iniciativa do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro e do Ministério dos Bens e Atividades Culturais da Itália e tem o objetivo de discutir a gestão do patrimônio cultural material e imaterial com técnicos brasileiros.
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Pela manhã desta quarta, foram apresentadas as experiências italianas na recuperação e conservação dos acervos do Parque Arqueológico de Herculano e do Museu Arqueológico de Nápoles.
A vice-ministra italiana de Cultura, Lucia Borgonzoni, disse que o protocolo de intensões é uma demonstração da solidariedade italiana com o povo brasileiro e a vontade de ajudar na recuperação de um acervo tão importante como o do Museu Nacional.
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“Temos a possibilidade de cooperar com a parte da recuperação de obras que ainda estão nos escombros, já que ainda tem muitos lugares dentro do museu cheio de obras que precisam ser recuperadas e catalogadas. A relação entre Brasil e Itália vai além das questões políticas, nos sentimos muito próximos aos brasileiros”, disse Lucia.
Cultura italiana no museu
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A vice-ministra disse que a cultura italiana estava presente no museu, por meio da Coleção Teresa Cristina, com peças greco-romanas trazidas pela imperatriz esposa de D. Pedro II, que era natural de Nápoles. Lucia explicou que também está sendo tratado o empréstimo de obras do patrimônio italiano para o Museu Nacional, com a possibilidade de abrir uma exposição no Instituto Italiano, antes mesmo do prédio do museu ser restaurado.
Vistoria
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Ontem, a comitiva italiana esteve no Museu Nacional e pode ver parte do acervo já recuperado, que está acondicionado em contêineres. A vice-ministra Lucia disse que as equipes técnicas vão avaliar o local para definir como a Itália poderá colaborar com a recuperação das peças.
O diretor do museu, Alexander Kellner, disse que ainda não foi fechado nenhum acordo com a Itália. Ele disse que a instituição precisa recompor seu acervo e que o Brasil deve reconhecer os erros que cometeu com o Museu Nacional e corrigi-los, para merecer doações de obras.