Para funcionários, o diretor-geral Dr. Paulo Roberto Cotrim vem corrigindo os problemas deixados pela gestão anteriorGilvan de Souza / Agencia O Dia
Por O Dia
Publicado 16/08/2019 18:23 | Atualizado 16/08/2019 19:21
Rio - Os funcionários do Hospital Federal de Bonsucesso divulgaram uma carta nesta sexta-feira para pedir a permanência do diretor-geral da unidade, Paulo Roberto Cotrim. A manifestação é uma resposta à declaração do presidente Jair Bolsonaro que disse, na quarta-feira, que trocaria os diretores dos hospitais federais do Rio. Para funcionários, o diretor-geral Dr. Paulo Roberto Cotrim vem corrigindo os problemas deixados pela gestão anterior.
O médico Paulo Roberto Cotrim de Souza assumiu a direção do hospital em janeiro, depois que a diretora Luana Camargo foi exonerada, alvo de de várias manifestações do corpo clínico do HFB. A direção vinha recebendo críticas da comunidade acadêmica, do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) e do Conselho Federal de Medicina (Cofem), na gestão de Luana Camargo. Ela foi exonerada logo após promover uma festa para comemorar os 71 anos do HFB, orçada em R$ 156 mil, o que revoltou o corpo clínico e os pacientes do hospital.
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Na carta, assinada pelo corpo de funcionários e por representantes de usuários do HFB, Cotrim é um "profissional recomendado por todos e nunca respondeu a nenhum processo administrativo, possui diversos elogios na Ouvidoria e faz uma gestão transparente e participativa.
Os funcionários também dizem que o gestor está reabastecendo a unidade com insumos e corrigindo irregularidades.

"O diretor está abastecendo o Hospital com insumos e medicamentos que estavam em falta e corrigindo os contratos e irregularidades encontradas. Alguns fornecedores estavam sem receber pela prestação de serviços há mais de um ano e já tinham suspendido a realização de ressonância magnética, outro fornecedor de comida hospitalar dos pacientes e acompanhantes estava três meses sem pagamento com risco de suspensão da alimentação de pacientes internados, assim como falta de pagamento às empresas de manutenção de equipamentos (mamógrafo) e de manipulação de medicamentos quimioterápicos, ambas com risco de paralização", diz a nota.
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A atual gestão diz que identificou nove empresas prestando serviços sem contratos, 11 contratos sem fiscal designado para acompanhar a prestação do serviço e 521 processos de compras parados, que provocou grave falta de insumos como luva, gaze e fio cirúrgico. "Tudo está sendo regularizado ao longo desses meses de gestão com verba que era para ser usada no ano de 2019, mas está sendo gasta para pagamentos de dívidas de 2018", diz a carta. 
O presidente Jair Bolsonaro disse na quarta-feira, em declaração a jornalistas, que vai trocar os diretores de hospitais federais do Rio de Janeiro por problemas nos atendimentos. "Vou trocar os diretores acho que de todos os hospitais (federais) do Rio de Janeiro. Tem problemas acontecendo, não tem produtividade", declarou.
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O Ministério da Saúde não comentou sobre as mudanças anunciadas pelo presidente