Fachada do Hospital Federal de Bonsucesso - Reprodução Internet/ Google Maps
Fachada do Hospital Federal de BonsucessoReprodução Internet/ Google Maps
Por Agência Brasil

Rio - O médico Paulo Roberto Cotrim de Souza é o novo diretor interino do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), na zona norte do Rio. A nomeação foi publicada na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União. Ele exercerá o cargo até que o Ministério da Saúde indique um diretor definitivo para a função.

Na quarta-feira da semana passada, a diretora Luana Camargo foi exonerada depois de várias manifestações do corpo clínico do HFB. Nesse período, o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, indicado pelo ministro da Saúde, Henrique Mandetta, respondeu pela unidade.

O hospital é referência em transplantes de rim e fígado e a direção vinha recebendo críticas da comunidade acadêmica, do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) e do Conselho Federal de Medicina (Cofem).

Festa

Luana Camargo estava no cargo desde março do ano passado. Ela foi exonerada logo após promover, no último dia 11, uma festa para comemorar os 71 anos do HFB, orçada em R$ 156 mil, o que revoltou o corpo clínico e os pacientes do hospital. A comemoração foi interrompida por servidores e pacientes que protestaram contra a realização do evento, com faixas e cartazes.

Os funcionários já vinham denunciando a superlotação e a falta de insumos básicos no hospital. Segundo relatos de servidores, as salas de cirurgia não tinham ar-condicionado e faltavam materiais como seringas e fios cirúrgicos. Eles também acusavam Luana de lotear a instituição com indicações políticas e pessoas sem experiência na gestão hospitalar. 

Exoneração

Ao exonerar Luana Camargo, o ministro da Saúde, Henrique Mandetta disse, no Rio, que o hospital vinha enfrentando “essa questão de gestão e direção de uma maneira muito tumultuada”. Para as áreas críticas, que são a de abastecimento e a de licitação, o ministro informou que vai buscar a experiência dos militares.

“A gente deve contar com a expertise dos militares que trabalham com essas áreas já há muito tempo nos hospitais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para compor junto a parte de gestão clínica e a de gestão administrativa e financeira da unidade. A gente está trabalhando para já nesta semana estar com estes nomes encaminhados”, disse.

Quanto às direções das outras unidades federais no Rio de Janeiro, Mandetta informou que não gosta de pré-julgar a atuação dos diretores. Adiantou, no entanto, que quem tiver bom desempenho e reunir as equipes para avançar na reestruturação dos hospitais vai ficar no cargo.

“Não temos nenhuma indicação política a ser feita. As indicações serão técnicas. Se tecnicamente corresponderem, ótimo. Se não corresponderem, outros técnicos virão”, disse. 

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