Estela, de 6 anos, foi encontrada morta na tarde desta quarta-feira no alto do Morro dos PrazeresReprodução
Por MARIA INEZ MAGALHÃES
Publicado 11/10/2019 09:34 | Atualizado 11/10/2019 09:55
Rio - O tio da menina Estela, de 6 anos, Paulo Sérgio Evangelista da Costa, 32 anos, teve a prisão decretada na madrugada dessa sexta-feira pelo plantão judiciário e confessou o crime. Ele foi preso na noite desta quinta-feira, por agentes do programa Segurança Presente no Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio. Estela foi encontrada morta no Morro dos Prazeres dias após sair com Paulo Evangelista, que ficou desaparecido até esta quinta-feira.

Estela foi morta por estrangulamento e enterro da menina será nesta sexta-feira, às 14h, no Cemitério do Caju, Região Central, do Rio. A criança foi vista pela última vez no sábado, quando o o tio disse que levaria a menina para à praia.
Paulo é irmão da mãe de Estela e segundo parentes, ele era usuário de drogas. De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital), ele cumpriu pena no Instituto Vicente Piragibe e estava em liberdade condicional desde setembro do ano passado.
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Segundo o laudo preliminar, a criança tinha sinais de estrangulamento. O documento definitivo sai em até 30 dias. Parentes da menina estiveram no Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta quinta-feira para liberar o corpo de Estela.
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‘Na sexta-feira à noite, antes de a minha filha dormir, deitei com ela, brinquei e ficamos conversando. No sábado, precisei dar uma saída, deixei ela com a minha prima de consideração. Quando voltei, ela me contou que meu irmão (Paulo Sérgio Evangelista) tinha pego a minha filha dizendo que ia à praia. Como eles não voltaram, liguei para uma ex-mulher dele. Ela falou que eles não estavam lá. Ainda debati porque meu irmão já tinha levado um outro filho meu para passar o fim de semana com ela.
Ele sempre foi um tio bom para os sobrinhos. Nunca foi violento. Não consigo entender o que aconteceu. Sem notícias dela, corri para a 7ª DP (Santa Teresa) e não consegui fazer o registro. Me mandaram para a Cidade da Polícia... Encontram só a minha filha. Acho que se tivessem feito alguma coisa com ele (irmão),
os dois teriam aparecidos juntos.
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Não sei onde ele está nem quero saber. Ele pegou minha filha sem minha autorização. A minha vida acabou. Quero justiça, seja quem for. Tenho uma filha mais velha, de 9 anos, que mora na Paraíba com a avó; tenho outro filho de 4 anos, que não está comigo. Perdi um filho, de 2 anos, há três meses. Por isso, me mudei a casa onde morava, no Morro do Escondidinho, para a casa da minha mãe, nos Prazeres (ambos em Santa Teresa).
Minha filha era uma menina sorridente. Ela tinha parado de estudar porque eu estava sem condições de levá-la para a escola. Estou desempregada, faço bico de apoio de limpeza e não estou com o pai dela. Agora não tenho mais ela. Minha vida acabou’
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Luciana Evangelista, 24 anos