Funcionários das OSs protestaram, na sexta, na porta do Palácio da Cidade, onde foi feito acordo com UniãoEstefan Radovicz
Por O Dia
Publicado 16/12/2019 04:00

Rio - Uma reunião no Sindicato dos Médicos definirá, nesta segunda-feira, os próximos passos da greve dos terceirizados da saúde do município. Desde a última terça, 22 mil profissionais de 11 OSs paralisaram os serviços em 225 unidades de saúde, que passaram a atender apenas casos graves.

Segundo o diretor do sindicato, Dario Pontes, os funcionários não voltam trabalhar até que os salários, atrasados desde outubro, sejam quitados. "Estamos apelando para que a população entenda o nosso lado", diz Pontes.

Segundo os sindicatos dos profissionais, só um repasse de R$ 325 milhões cobriria os atrasados. Parte desse montante pode ser quitada nesta semana, com o recebimento de R$ 76 milhões obtidos em acordo entre a prefeitura e a União, na última sexta. O valor é metade do total previsto no acordo: R$ 152 milhões.

Os sindicatos também aguardam, na terça, decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) sobre o uso de valores arrestados de contas do município. Segundo a prefeitura, ainda não há data definida para o pagamento das OSs. O órgão explica que os valores arrestados serão liberados pelo TRT.

Peregrinação e demora na transferência

Enquanto a crise não é sanada, quem precisa de atendimento está sujeito a ter que peregrinar por diferentes unidades de saúde. Foi o que aconteceu com Cristina Mello, de 46 anos. Ela foi diagnosticada com câncer no colo do útero e passou por duas clínicas até ser transferida para o Hospital Miguel Couto, na tarde de sábado. Porém, a unidade não é especializada no tratamento oncológico, e ela precisará de nova remoção.
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"Ela deveria ter ido direto para uma unidade que trate câncer, como o Inca. A doença não espera", contou a amiga da paciente Fabiana Gomes, que acompanha o drama vivido por Cristina de perto.
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Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Cristina aguarda disponibilidade de vaga na rede federal de saúde.
 

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