No Complexo do Alemão, moradores denuncia que água continua chegando turva às suas casas Reprodução
Por Maria Luisa de Melo
Publicado 15/01/2020 20:58 | Atualizado 16/01/2020 08:54
Não é a primeira vez que a água produzida pela Cedae é contaminada pela geosmina (substância produzida por uma alga). Segundo técnicos da empresa, o mesmo problema ocorreu em 2001, mas não chegou a virar uma crise. Isso porque a empresa, na ocasião, autorizou um procedimento considerado básico entre especialistas: a abertura de comportas para arrastar a água poluída. 
Técnicos da empresa contam ainda que, em 2001, a Represa do Funil, em Resende, passou por problema parecido. Foi quando tomou-se a decisão de apelar para o procedimento conhecido como descarga. Desta vez, no entanto, o corpo técnico não foi atendido pela direção, conforme O DIA revelou na manhã desta quarta-feira.
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"Abrir as comportas do Rio Guandu para arrastar a água da Lagoa resolveria o problema. É o que chamamos de descarga. A lagoa (de confluência dos rios Poços Queimados e Ipiranga) está verde de tantas algas. Mas a direção da empresa não concordou com isso. O procedimento causaria falta d'água durante um dia, mas depois tudo seria normalizado", explicou um funcionário, que pediu para não ser identificado.
Ainda de acordo com os técnicos da empresa, o chefe da Estação de Tratamento do Guandu, Júlio Antunes, exonerado do cargo nesta terça-feira (14), foi um dos que defendeu a adoção do mesmo procedimento de 2001. Mas não foi atendido pela direção da empresa.
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