Operários montam o equipamento com carvão ativado que será usado para tratar a água em GanduDivulgação
Por Maria Luisa Melo e Gustavo Ribeiro
Publicado 22/01/2020 00:00 | Atualizado 22/01/2020 16:18

Três semanas depois de a população denunciar a má qualidade da água que tem chegado barrenta ou com forte cheiro e sabor de terra às torneiras, o governo do estado avalia a possibilidade de abatimento na conta d'água dos consumidores afetados. Segundo explicou o secretário da Casa Civil, André Moura, em entrevista ao jornal O DIA, a medida ainda precisará ser aprovada pelo conselho administrativo da companhia.  

"Essa questão de abatimento é uma situação que está em análise. Mas não é uma determinação somente do governador. A companhia tem um conselho", explica. 

Moura diz, ainda, que a qualidade da água fornecida pela Cedae pode melhorar a partir de amanhã, quando começará o processo de tratamento com o carvão ativado. Questionado se tal tratamento não levaria semanas para normalizar a qualidade da água, ele nega: "Assim que o sistema entrar em operação, quinta- feira agora", garante. Ele credita o problema a administrações anteriores e diz que havia projetos engavetados há 16 anos.

"Éramos a única companhia, sem captação de água corrente, que não tem esses filtros (de carvão). Agora vamos ter. A companhia, por determinação do governador, está trabalhando para apresentar uma proposta de intervenções que possam resolver, fora aquilo que está previsto em investimento nas concessões dos quatro blocos, que resolverá definitivamente o problema de Guandu", diz.

Ainda segundo ele, a previsão de investimento nos quadros de modernização (na estação do rio Guandu) são de R$ 700 milhões.

 

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Presidente da Cedae é ouvido
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O presidente da Cedae, Hélio Cabral, e outros dois funcionários da companhia, prestaram depoimento, ontem, na Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte.
A delegada Josy Lima, da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD), está encarregada das investigações, e a hipótese de sabotagem, levantada pelo governador Wilson Witzel, é uma das linhas de investigação.
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Após ser ouvido, Cabral afirmou à imprensa que a Cedae é "a maior interessada na apuração dos fatos" e completou, ainda, que recorreu à Polícia Civil sobre a investigação.
"Eu, como cidadão, estou tão interessado quanto vocês, porque eu também bebo e tomo banho com a água da Cedae", disse ele.
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À tarde, um grupo de manifestantes fez um ato contra a má qualidade da água diante da sede da empresa, no Centro. A pista lateral da Av. Presidente Vargas foi fechada e o protesto acabou sem incidentes.
* Colaborou a estagiária Julia Noia

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