O primeiro dia útil, ontem, desde a reabertura da Avenida Niemeyer, no último sábado, foi de fluxo intenso de veículos e também de esperança. Moradores do Vidigal, motoristas e comerciantes começam a voltar às suas rotinas, alteradas por mais de 9 meses, quando a via foi fechada.
Moradora do Vidigal há 20 anos, a aposentada Lurdes da Silva, de 82, contou que a rotina para sair da comunidade era sempre muito longa e que o local já não recebia tantos turistas. "Eu precisava pegar mais de uma condução e o trajeto demorava muito. Sem contar que, com a Niemeyer aberta, as pessoas vão voltar a aparecer aqui, estava muito vazio", afirmou.
Vendedor de pastéis no Vidigal, Ricardo Batista, que mora na Gardênia Azul, Zona Oeste, lembra que a rotina estava desgastante: "Chegar aqui demorava muito e tinha que pegar mais de uma condução. Agora, as coisas vão melhorar e tomara que muitas pessoas consigam vir provar o pastel", comemorou, fazendo coro com outros comerciantes.
Para o assistente administrativo Robson Gomes, que precisava pegar de duas a três conduções para visitar a namorada na comunidade, a reabertura foi um alívio para o bolso: "Hoje, só precisei pegar um ônibus".
Apesar da volta à normalidade, a dona de casa Maria Gerlaide ainda se sente receosa de passar pela Niemeyer. "Acho que as obras foram suficientes. Em dias de chuva, não passo, prefiro gastar mais, mas ficar segura".
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