Rio - O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, solicitou ao governo federal a devolução de 100 respiradores mecânicos cedidos ao Ministério da Saúde, no início da pandemia de Covid-19. O anúncio do pedido aconteceu ontem, durante a apresentação dos primeiros equipamentos médicos vindos da China, que serão destinados ao hospital de campanha no Riocentro.
"Esses equipamentos foram arrestados. Optamos por não recorrer à Justiça, porque na época não precisávamos. Seria bom que uma parte voltasse agora ao Rio de Janeiro", disso o prefeito.
Direto da China
A prefeitura comprou mais de 18 mil equipamentos, no valor de R$ 370 milhões. Já chegaram ao Brasil um tomógrafo, que vai ampliar a precisão do diagnóstico do vírus; duas autoclaves e duas termodesinfectadoras para esterilizar instrumentos médicos e materiais hospitalares.
Outros dez tomógrafos chegarão entre os dias 22 e 27 deste mês. A prefeitura ainda irá buscar, na China, com ajuda dos aviões da FAB, 806 respiradores, 3 milhões de máscaras e óculos, além de 400 carrinhos de anestesia, que podem ser usados como respiradores, raios-X digitais, aparelhos de ultrassonografia e eletrocardiograma. Os voos ocorrerão nos dias 27 de abril e maio.
Crivella explicou que o material será pago em 5 anos e aproveitou para reforçar a necessidade do isolamento social.
A decolagem despertou a curiosidade de algumas pessoas, provocando uma aglomeração que precisou ser dispersada pelos agentes do Disk. O equipamento circulou a área do entorno do relógio do calçadão, flagrando grande movimento no local, e auxiliou no reforço das orientações passadas por guardas municipais e policiais militares que integram a ação. Além de emitir os alertas, o drone vai ajudar a monitorar a capital fluminense, já que suas imagens serão transmitidas em tempo real para a base operacional do Riocentro, onde funciona o Gabinete de Crise da Prefeitura, e para o Centro de Operações Rio (COR), na Cidade Nova.
O Disk aglomeração foi lançado há duas semanas e até a última quarta-feira realizou 2.260 atendimentos. Os bairros com mais chamados foram Campo Grande, Bangu, Centro, Santa Cruz, Tijuca, Copacabana, Taquara, Barra da Tijuca e Madureira. A ação funciona com base em chamados para a Central 1746 e, há uma semana, utiliza sinais de celulares para detectar pontos de aglomeração, por meio de parceria com uma operadora de telefonia e o com o COR.
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