Por ora, o Rio não terá problemas de falta de fornecimento de urnas funerárias, de acordo com a Associação dos Fabricantes de Urnas do Brasil (Afub). A capacidade técnica produtiva do setor pode suprir um aumento em torno de 50% da demanda atual, que é uma média de 8 mil a 10 mil de óbitos por mês no estado do Rio. Já a média nacional é de 100 mil óbitos por mês. As informações são da associação, que garante que a produção pode ser ainda elevada, caso haja necessidade.
"Hoje, as empresas estão com mudanças, como aumento do turno de trabalho, padronização de modelo único a ser feito por todas as empresas, entre outras ações. Podemos atingir quase o dobro da produção atual", afirma Antônio Carlos Mota Marinho, diretor-presidente da Afub.
Marinho é dono da Godoy Santos, localizada em Dois Córregos, São Paulo, que atende vários clientes no país, inclusive no Rio. De acordo com ele, a empresa fabrica de 12 mil a 15 mil urnas por mês. "Se eu fizer aumento de turno, conseguirei atingir 20 mil urnas por mês. E não somos os únicos. Para termos falta de urnas, teríamos que estar vivendo uma tragédia ainda maior, um colapso enorme no Brasil para que isso de fato acontecesse", diz.
Segundo ele, a maioria das funerárias têm um estoque físico para demandas de curto período. Como é o caso da Envida Rio, que atende as regiões Baixada Fluminense, Serrana e Sul Fluminense.
"Fizemos estoque interno de 1.500 urnas. O nosso normal é de 250 por mês", conta Adriano Castilho, presidente da Envida Rio: "E tenho mais mil urnas já provisionadas com fabricante".
Castilho conta que seguiu a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abredif), que era de aumentar em duas vezes a capacidade. "Podemos, ainda, estender até três vezes nas áreas de impacto maior", explica ele, que é diretor da Abredif.
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