Uma triste estatística mostra a fragilidade de quem mora nas comunidades da capital do Rio de Janeiro, na luta contra o novo coronavírus. Já são 165 o número de mortes por conta da pandemia da covid-19 nas favelas da cidade e 464 casos confirmados. A Rocinha, na Zona Sul, tem o maior número de óbitos e casos: 40 mortes e 98 casos, segundo dados do Painel Covid-19.
Mas uma plataforma feita por agentes de saúde que trabalham na comunidade, e divulgada pelo jornal comunitário Voz das Comunidades, apresenta números divergentes dos oficiais divulgados pela Prefeitura do Rio. Caso sejam confirmados pela SMS, a comunidade irá somar 42 mortes por covid-19. Outras 20 suspeitas ainda estão sendo investigadas. Ao todo, segundo a plataforma, são 102 pessoas diagnosticadas com a doença. Além disso, 66 pacientes se recuperaram e já estão em casa.
A morte mais recente na comunidade é da aposentada Maria Lúcia Moreira Mariano, de 63 anos, após ficar por quase dois meses internada no Hospital Federal da Lagoa.
Em abril, conforme publicação de O DIA, Maria Lúcia já havia perdido o marido, o aposentado Antônio Edson Mariano, de 67 anos, e o filho mais velho, o garçom Alexandre Moreira Mariano, de 45, em um intervalo de 15 dias, ambos diagnosticados com o novo coronavírus.
Maré em segundo lugar
A Favela da Maré, na Zona Norte, é a segunda região de comunidades com maior número de casos da doença. Na última atualização do Painel Covid-19, a comunidade tinha 81 casos confirmados e 23 óbitos.
Segundo o boletim 'De olho no Corona', da ONG Redes da Maré, das 16 favelas acompanhadas pelo levantamento na cidade do Rio de Janeiro, 14 delas já estão com casos confirmados.
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