Publicado 28/05/2020 06:00
Rio - Um dia após agentes da Polícia Federal irem às ruas para cumprir 12 mandados de busca e apreensão na Operação Placebo - que investiga um esquema de desvio de verba para o combate ao coronavírus e coloca o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), e a primeira-dama, Helena Witzel no centro - o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pediu apuração de suposto vazamento de operação da PF contra Witzel e também determinou depoimento imediato do governador. Ontem, Witzel afirmou que tomará medidas junto ao Senado Federal e ao Conselho Nacional do Ministério Público. Em entrevista ao 'Bom Dia Rio', da Rede Globo, ele afirmou se tratar de uma perseguição política.
Além de Witzel, o STJ deve pedir depoimento da primeira-dama. Ontem, a Justiça do Rio suspendeu a nomeação de Edmar Santos como secretário extraordinário no Governo do Rio. Ele foi nomeado após o afastamento da pasta da Saúde pelos denúncias de irregularidades em contratos.
Na entrevista ao jornal, Witzel falou que é uma narrativa fantasiosa. "Vamos ao Senado, ao Conselho Nacional do MP. A busca e a apreensão não resultaram em absolutamente nada. Estão jogando meu nome na lama de forma absolutamente inadequada. Isso é uma farsa, uma perseguição política", afirmou ele.
Na mesma entrevista, Witzel levantou suspeitas sobre a operação ter começado no gabinete do procurador-geral da República, Augusto Aras, com consentimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Procurada pelo O DIA, a assessoria do governador disse ele não se pronunciaria mais sobre o assunto.
Apuração
Em relação ao pedido feito para o MPF do ministro do STJ para apuração de suposto vazamento de operação da PF contrao governador do Rio, Gonçalves afirmou se o vazamento for confirmado,"será necessário responsabilizar penalmente o autor da conduta ilícita, como forma de não prejudicar a integridade das instituições".
Ontem, o presidente Bolsonaro afirmou que terá mais operações da PF como a da última terça-feira em resposta a um apoiador que parabenizou a ação contra o governador do Rio."Vai ter mais. Enquanto eu for presidente, vai ter mais", disse.
Além de Witzel, o STJ deve pedir depoimento da primeira-dama. Ontem, a Justiça do Rio suspendeu a nomeação de Edmar Santos como secretário extraordinário no Governo do Rio. Ele foi nomeado após o afastamento da pasta da Saúde pelos denúncias de irregularidades em contratos.
Na entrevista ao jornal, Witzel falou que é uma narrativa fantasiosa. "Vamos ao Senado, ao Conselho Nacional do MP. A busca e a apreensão não resultaram em absolutamente nada. Estão jogando meu nome na lama de forma absolutamente inadequada. Isso é uma farsa, uma perseguição política", afirmou ele.
Na mesma entrevista, Witzel levantou suspeitas sobre a operação ter começado no gabinete do procurador-geral da República, Augusto Aras, com consentimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Procurada pelo O DIA, a assessoria do governador disse ele não se pronunciaria mais sobre o assunto.
Apuração
Em relação ao pedido feito para o MPF do ministro do STJ para apuração de suposto vazamento de operação da PF contrao governador do Rio, Gonçalves afirmou se o vazamento for confirmado,"será necessário responsabilizar penalmente o autor da conduta ilícita, como forma de não prejudicar a integridade das instituições".
Ontem, o presidente Bolsonaro afirmou que terá mais operações da PF como a da última terça-feira em resposta a um apoiador que parabenizou a ação contra o governador do Rio."Vai ter mais. Enquanto eu for presidente, vai ter mais", disse.
Pedido de impeachment
Por conta das informações reveladas na Operação Placebo, um novo pedido de impeachment contra o governador Witzel foi protocolado na manhã de ontem. O documento foi apresentado pela bancada bolsonarista na Alerj.
O documento foi assinado pelos deputados Doutor Serginho, Anderson Moraes, Alana Passos, Márcio Gualberto, Renato Zaca e Coronel Salema. "O próprio ministro Benedito Gonçalves, do STJ, reconheceu que há indícios robustos de fraudes e de que o governador Wilson Witzel está envolvido. É isso é crime, a Alerj precisa agir", afirmou a deputada Alana Passos, do PSL.
Os deputados estaduais Luiz Paulo e Lucinha, do PSDB, também protocolaram um pedido de impeachment na Alerj hoje. O documento também foi baseado nas informações da Operação Placebo e listou como crimes de responsabilidade: "a improbidade administrativa pela malversação de dinheiro público, conforme argumentos do despacho judicial do Ministro Benedito Gonçalves na operação Placebo e os fatos pretéritos ligados à operação Favorito todos na Secretaria estadual de Saúde, em plena pandemia do coronavírus".
Atualmente, existem cinco pedidos de impeachment contra o governador protocolados na Alerj.
Comentários