Publicado 08/06/2020 10:30
Rio - O homem de 29 anos confessou que matou a própria mãe por espancamento entre a noite de sábado e a madrugada de domingo confessou o crime e não apresentou remorso. Lucia Regina Gomes Alves, completaria 70 anos este mês. Ela foi morta a socos e chutes dentro de seu apartamento, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca. O acusado fugiu após o síndico interfonar para o apartamento e foi encontrado dormindo em outro apartamento de luxo na Barra.
Igor Gomes de Moraes Alves, de 29 anos, confessou o crime e relatou agressões cruéis contra a própria mãe. Ele havia deixado a prisão há menos de três dias, depois de ter sido preso no último dia 4 por tráfico de drogas, explicou a delegada responsável pelo caso. Igor conseguiu um habeas corpus e respondia em liberdade.
"O filho foi no apartamento da mãe no sábado e se iniciou uma forte discussão entre eles, que chamou a atenção da vizinhança. Acionaram o síndico, que interfonou para o apartamento da mãe. O filho atendeu, disse que estava tudo bem, mas estava alterado. Ele se aproveitou, fugiu e foi para casa, onde dormiu", conta a delegada Cristiane Carvalho, da Delegacia de Homicídios da Capital.
No apartamento da mãe, os policiais encontraram um endereço em cima da mesa e foram ao local, que era onde residia o filho da vítima. O porteiro do prédio informou que Igor havia acabado de entrar nervoso e com uma bolsa de mulher. "Lá, os policiais encontraram o filho dormindo. Ele confessou o crime sem demonstrar remorso. Usou meio cruel para matar a mãe: socou a cabeça da mãe, disse que a mãe não morria, a asfixiou, enfiou os dedos nos olhos e chutou a cabeça várias vezes, até que ela morreu", conta a delegada.
A bolsa de Lucia Regina foi encontrada na casa do filho com quantia considerável de dinheiro e documentos pessoais da vítima. " Ele disse que não trabalhava, recebia mesada da mãe. Morava em apartamento de luxo. Todos os cômodos davam vista pra Praia da Barra", acrescenta Cristiane.
Igor foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio, a pena pode chegar a 30 anos de prisão. A delegada alerta para que mulheres e vizinhos denunciem crimes de violência doméstica. "Fica o alerta para as mulheres para que não se calem. Foi mais um episódio trágico de violência doméstica, também fica o alerta para vizinhos. Qualquer indício de violência doméstica, denunciem pelo 180, também pelo disque-denúncia, não é necessário se identificar. A Lei Maria da Penha traz várias medidas de proteção à mulher. Quanto antes a mulher procure a delegacia, melhor, para se evitar de chegar a esse fim trágico", orienta.
As investigações prosseguem no sentido de encontrar maiores informações quanto à motivação do crime.
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