Guilherme Goullart já visitou o Bangu ShoppingReprodução/Instagram
Por Danillo Pedrosa
Publicado 15/06/2020 00:00

Na região que é o paraíso dos shoppings, muita gente já não podia esperar para fazer aquele tão aguardado passeio, embora o momento ainda exija muita cautela. O auxiliar administrativo Guilherme Goullart, de 23 anos, mora bem perto do Bangu Shopping e foi um dos que aproveitou para ir às compras. A pedido do pai, ele saiu para buscar um presente de Dia dos Namorados para a sua mãe. Não era bem aquela 'voltinha', como ele está acostumado, mas serviu para matar a saudade.

"Na quarentena, o que mais senti falta foi justamente ir ao shopping e ao cinema. Acredito que seja um dos meus passeios preferidos", disse Guilherme, apesar de saber que o cenário ainda não é tão seguro como parece. "Foi uma sensação de que a vida está voltando ao normal, embora os números de infectados e mortos ainda não esteja controlado", analisou.

Guilherme representa uma grande parcela dos moradores da Zona Oeste que tem as idas aos centros de compras como um de seus passatempos preferidos. Segundo pesquisa do Datafolha em 2013, os shoppings são a principal atividade de lazer da região (exceto Barra), seguido por jogar videogames, ir a quadras de escolas de samba ou Sambódromo e baladas.

"O shopping fica muito perto da minha casa, sempre frequentei, sempre ia ao cinema, já comemorei aniversários lá, saio com amigos... Quando preciso dar algum presente ou preciso de algo, é sempre minha primeira opção", conta Guilherme, que se surpreendeu com a organização no dia da reabertura. Para evitar aglomerações no interior do estabelecimento, o Bangu Shopping tem organizado uma fila na entrada, além de aferir a temperatura de todos os funcionários e clientes e tomar uma série de medidas de prevenção.

"Estava cheio, mas imaginei que estaria até mais. Percebi que as pessoas não estavam fazendo muitas compras, só passeando. Achei também muito organizado, a entrada, as medidas de segurança", avalia o auxiliar administrativo.

Funcionamento limitado

Por determinação da Prefeitura, o funcionamento dos malls, pelo menos por enquanto, tem sido limitado. Durante a reabertura, os shoppings precisam seguir as chamadas 'Regras de Ouro'. Entre elas estão o distanciamento de 2 metros entre as pessoas; o uso de álcool em gel e máscaras; a limpeza e manutenção do ar-condicionado; medição de temperatura de clientes e funcionários; liberação de apenas um terço do estacionamento; e a entrada de animais somente para atendimento em lojas pets. Além disso, as áreas de convivências, como praças de alimentação, devem permanecer fechadas. 

A Secretaria de Ordem Pública e a Vigilância Sanitária são responsáveis pela coordenação e fiscalização dos estabelecimentos.

Total atenção às 'regras de ouro'
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ZO: a terra dos shoppings
Apesar de não ser a região mais populosa do Rio (está atrás da Zona Norte), a Zona Oeste concentra o maior número de shoppings centers do município, com aproximadamente 40% dos estabelecimentos, justificando a alcunha de paraíso dos comerciantes.  
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Recheados de opções de lazer e gastronomia, os malls atraem cerca de 18 milhões de visitas todos os meses no Rio de Janeiro, segundo a  Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Na pandemia, porém, eles ficaram fechados por quase três meses, o que gerou um prejuízo de quase R$ 25 milhões no setor em todo o Brasil.

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