Rio - Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) prenderam em flagrante, na noite desta quarta-feira, um homem suspeito de integrar uma milícia que atua em Nova Iguaçu. De acordo com a Polícia Civil, a prisão foi parte das ações da força-tarefa criada pela corporação para o combate aos grupo paramilitares na Baixada Fluminense.

Segundo a Draco, a prisão do suspeito, que não teve a identidade revelada, foi importante para desestruturar a organização criminosa, já que o homem faz parte do grupo tático da milícia local, sendo responsável por ações diretas de combate. Ele foi abordado no bairro Jardim Guandu, no mesmo município, em posse de uma pistola municiada com a numeração suprimida.

Na mesma região, na noite de ontem, a força-tarefa, por meio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), realizou uma operação com o objetivo de verificar informações da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) que davam conta de uma reunião de criminosos armados no local conhecido como KM 32, sendo todos ligados à milícia.

Na operação, cinco suspeitos foram mortos em confronto. Com eles, foram apreendidos cinco pistolas, munição, carregadores, fardas, coletes balísticos, equipamentos de comunicação, vergalhões para furar pneus e três carros.

A Secretaria da Polícia Civil do Rio criou a  força-tarefa para combater o crime organizado na Baixada Fluminense e permitir uma “eleição livre” na região. Segundo Allan Turnowski, o secretário da pasta, o trabalho tem como objetivo retirar as fontes de renda das milícias que atuam no local.

Ainda de acordo com o secretário, a Baixada Fluminense foi a região do estado onde aconteceu a maior expansão da milícia nos últimos dez anos.

Somente este mês, dois candidatos a vereador em Nova Iguaçu foram assassinados. Mauro Miranda da Rocha (PTN) foi assassinado no dia 1º em uma padaria. No sábado (10), Domingos Barbosa Cabral (DEM), também foi morto a tiros no município.