Publicado 05/11/2020 13:34
Rio - A advogada que sofreu abuso sexual em uma clínica de massagens e estética em Magé, na Baixada Fluminense, conta que conheceu o suspeito quando frequentou uma igreja na qual ele era pastor. Com dores nas costas, a mulher de 26 anos que prefere não se identificar, decidiu procurá-lo depois que ele divulgou um tratamento para coluna.
Policiais da 66ª DP (Piabetá) prenderam o pastor em flagrante, na terça-feira acusado de assediar sexualmente uma mulher durante uma sessão de massagem. O homem trabalhava em um centro médico e estético de Piabetá, em uma sala alugada. Ao ser preso, o pastor alegou aos policiais: "Sou homem! Isso acontece".
O DIA conversou com a vítima, uma advogada de 26 anos que prefere não ser identificada. "Ele é pastor.
Pregava em uma igreja que frequentei por um tempo! Eu seguia ele no Facebook, e vi os vídeos sobre o tratamento para coluna", conta a advogada. Ela disse que sentia fortes dores na coluna e chegou a tomar remédios para aliviar as dores e parou por conta de uma alergia aos medicamentos. "Fui parar no hospital duas vezes por conta dessa alergia", disse.
Pregava em uma igreja que frequentei por um tempo! Eu seguia ele no Facebook, e vi os vídeos sobre o tratamento para coluna", conta a advogada. Ela disse que sentia fortes dores na coluna e chegou a tomar remédios para aliviar as dores e parou por conta de uma alergia aos medicamentos. "Fui parar no hospital duas vezes por conta dessa alergia", disse.
"Chamei ele no whatsapp e solicitei uma avaliação. A avaliação foi normal, com roupa. Na primeira sessão eu me senti desconfortável. Minhas dores eram concentradas na parte de cima, mas ele disse que meu cóccix estava deslocado", conta.
A vítima conta que o homem pediu a ela que tirasse a roupa para fazer a massagem. Ele alegou que precisaria alinhar seu cóccix, que estaria deslocado. "Ele disse que haviam nódulos na minha virilha e por isso estava doendo. Então ele começou a usar óleo e massagear a região. Eu me senti desconfortável, mas ele foi massageando até o joelho. Até que puxou minha calcinha para o lado e introduziu a mão e a boca na minha vagina", relata a advogada.
"Eu empurrei ele. Fiquei em choque. Disse que ele era maluco", conta.
A advogada registrou a ocorrência na 66ª DP (Piabetá), onde relatou ter sido prontamente atendida. "Pegaram o endereço e efetuaram a prisão". O DIA teve acesso a um print da conversa com a vítima, onde o pastor diz estar envergonhado de si mesmo.
A irmã da advogada relatou o caso nas redes sociais, onde outra mulher afirmou também ter sido vítima de abuso durante uma sessão de massagem com o pastor.
Procurada pelo jornal O DIA, a assessoria da Polícia Civil emitiu a seguinte nota:
"Policiais da 66ª DP (Piabetá) prenderam em flagrante, na tarde desta terça-feira (03/11), um homem pelo crime de importunação sexual. De acordo com as investigações, ele fez um curso de terapia pela internet e trabalhava, há quatro meses, em um centro médico/estético em Piabetá, Magé, na Baixada Fluminense. Nesta terça, ao fazer uma massagem em uma cliente, segundo as investigações, o homem tocou as partes íntimas dela, cometendo, desta forma, o abuso sexual. A vítima compareceu à 66ª DP e, em seguida, uma equipe de policiais civis prendeu o acusado."
A polícia trabalha com a hipótese de haver outras possíveis vítimas e pediu que elas compareçam à unidade para registrarem ocorrência. O anonimato é garantido e as denúncias podem ser feitas através do Whatsapp da 66a DP (Piabetá): 98655-7132
*Estagiária sob supervisão de Beatriz Perez
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