Publicado 29/11/2020 09:31 | Atualizado 29/11/2020 11:57
Rio - O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), desembargador Cláudio Brandão de Oliveira, afirmou na manhã deste domingo que a paralisação de funcionários de duas empresas de ônibus na Zona Oeste será apurada criminalmente. Ele classificou a situação como um problema inesperado, mas que impacta grande número de eleitores. As autoridades tentam identificar os líderes do movimento. A declaração foi dada em entrevista ao vivo à rádio BandNews FM.
"De fato esse era um problema inesperado. Todo o planejamento foi feito e não havia, até ontem (sábado), indicação de movimento isolado de duas empresas, mas com impacto de grande número de eleitores. Já acionamos a Justiça Eleitoral e será apurado o contorno criminal. Esse tipo de movimento sem aviso no dia da eleição tem repercussão no campo penal e nós vamos agir com muito rigor", afirmou o desembargador.
"A gente tem que apurar a responsabilidade, mas é necessário zelar pela regularização do serviço. Todo esforço está sendo fazer com que o serviço seja regularizado o mais rápido possível, e, paralelamente, que a responsabilidade seja investigada", concluiu.
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) determinou a intervenção da Polícia Federal na paralisação dos rodoviários das viações Redentor e Futuro. Iniciada no início da madrugada deste domingo, o movimento atinge principalmente moradores de Jacarepaguá e Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, neste segundo turno das eleições. Para o TRE-RJ, a paralisação é ilegal e representa grave impedimento e embaraço às eleições. O Tribunal defende que as lideranças do movimento sejam "responsabilizadas na forma da lei penal".
A direção do Sintraturb-Rio (sindicato dos rodoviários) afirmou que apoia a presença da PF para manter a regularidade na eleição, "até porque lei é para ser cumprida e não discutida".
CONSÓRCIO TRANSCARIOCA APELA PELO FIM DA PARALISAÇÃO
O Consórcio Transcarioca alegou que as empresas vinham negociando o parcelamento do 13º salário, com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT), e foram surpreendidas com a paralisação deste domingo.
"A dificuldade das empresas de ônibus vem sendo anunciada publicamente há tempos, sendo consequência da mais grave crise já enfrentada pelo setor no município do Rio. O congelamento da tarifa há quase dois anos e a concessão de gratuidades sem fonte de custeio são algumas das causas do colapso econômico-financeiro que vem atingindo as empresas que circulam na capital, impactadas por uma brutal queda de receita que foi agravada pelas medidas implementadas de combate à covid-19.
O Consórcio Transcarioca reitera seu respeito pelos rodoviários, mas faz um apelo aos profissionais para que as negociações sejam retomadas imediatamente e possam evitar que a paralisação neste domingo prejudique milhares de usuários eleitores que utilizarão o transporte público por ônibus para exercer o democrático direito ao voto", acrescentou, em nota.
"A dificuldade das empresas de ônibus vem sendo anunciada publicamente há tempos, sendo consequência da mais grave crise já enfrentada pelo setor no município do Rio. O congelamento da tarifa há quase dois anos e a concessão de gratuidades sem fonte de custeio são algumas das causas do colapso econômico-financeiro que vem atingindo as empresas que circulam na capital, impactadas por uma brutal queda de receita que foi agravada pelas medidas implementadas de combate à covid-19.
O Consórcio Transcarioca reitera seu respeito pelos rodoviários, mas faz um apelo aos profissionais para que as negociações sejam retomadas imediatamente e possam evitar que a paralisação neste domingo prejudique milhares de usuários eleitores que utilizarão o transporte público por ônibus para exercer o democrático direito ao voto", acrescentou, em nota.
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