Rio - O porta-voz da Polícia Militar, major Ivan Blaz, disse que a abordagem que terminou com dois jovens mortos e policiais presos em Belford Roxo, Baixada Fluminense, foi uma "ação extremamente errada". A declaração foi dada ao RJ1, da TV Globo, na tarde desta segunda-feira.
"Infelizmente, esses jovens policiais colocaram suas carreiras em risco por conta de uma ação extremamente errada", disse à reportagem.
Os corpos dos amigos Edson Arguinez Junior, de 20 anos, e Jordan Luiz Natividade, de 18, foram enterrados às 12h30 desta segunda-feira (14) no Cemitério da Solidão, em Belford Roxo. Os dois foram encontrados mortos na tarde do último sábado, por familiares. Os suspeitos das mortes são os policiais militares Júlio Cesar Ferreira dos Santos e Jorge Luiz Custódio da Costa, que estão presos preventivamente.
Edson e Jordan foram assassinados no fim de semana. Os dois aparecem em um vídeo divulgado nas redes sociais sendo brutalmente abordados por dois policiais militares. Os amigos estavam em uma motocicleta e sem capacete. Na abordagem, um policial atira na direção dos rapazes.
Nas imagens, os rapazes caem no chão e são agredidos pelos policiais. Eles são algemados e colocados dentro da viatura. Um dos PMs sai do local com a moto usada pela dupla.
Sobre a abordagem, Blaz foi enfático em classificar como "errada". "Quem tem um mínimo de conhecimento sabe que as abordagens nem sempre são perfeitas. É um momento tenso. Porém, a conduta na condução dessa ocorrência foi completamente errada. Não houve qualquer forma de comunicação para os seus superiores. E mesmo assim, mesmo se tivesse havido, por tudo aquilo que nós vimos, não era possível que essa ocorrência fosse ignorada", avaliou o major em entrevista ao RJ1.
PMS PRESOS EM FLAGRANTE
De acordo com a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, o cabo Júlio Cesar Ferreira dos Santos e o soldado Jorge Luiz Custódio da Costa foram presos em flagrante após determinação do juiz Rafael de Almeida Rezende. Eles tiveram as armas apreendidas.
Na audiência de custódia o juiz disse haver “fortes indícios” de que os suspeitos cometeram o crime e acrescentou ser “evidente que a prisão cautelar é necessária para a garantia da ordem pública”.
Em um primeiro depoimento, os agentes negaram ter atirado na direção dos amigos. Os PMs alegaram que estavam abordando um veículo suspeito quando os garotos passaram de moto. Os policiais disseram, ainda, que a queda ocorreu por conta de um descontrole de quem pilotava a moto. Após serem algemados, os amigos seriam levados à delegacia, mas os PMs alegam que os dois foram liberados.
De acordo com a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, o cabo Júlio Cesar Ferreira dos Santos e o soldado Jorge Luiz Custódio da Costa foram presos em flagrante após determinação do juiz Rafael de Almeida Rezende. Eles tiveram as armas apreendidas.
Na audiência de custódia o juiz disse haver “fortes indícios” de que os suspeitos cometeram o crime e acrescentou ser “evidente que a prisão cautelar é necessária para a garantia da ordem pública”.
Em um primeiro depoimento, os agentes negaram ter atirado na direção dos amigos. Os PMs alegaram que estavam abordando um veículo suspeito quando os garotos passaram de moto. Os policiais disseram, ainda, que a queda ocorreu por conta de um descontrole de quem pilotava a moto. Após serem algemados, os amigos seriam levados à delegacia, mas os PMs alegam que os dois foram liberados.
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