Publicado 21/12/2020 11:58
Rio - O líder da quadrilha, Igor Patrick de Souza, que atuava em páginas de redes sociais que extorquiam políticos segue foragido. O promotor do Gaeco, Michel Zoucas, afirmou que a casa do suspeito mostrava que até pouco tempo estava habitada. "Ele responde uma ação penal, foi tentado cumprir um mandado de prisão contra ele na residência conhecida e ele não foi encontrado, então ele é considerado foragido até porque os dados na residência mostravam que até pouco tempo ela estava habitada". Nesta manhã, a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DCRI) com apoio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), realizaram uma operação contra os criminosos.
Igor Patrick de Souza, utilizava da divulgação de notícias falsas em redes sociais, desde 2017, para extorquir e cometer crimes contra as vítimas.
"Isso também é uma modalidade de extorsão, a partir do momento que você cria uma notícia falsa, negativa, gerando um grande prejuízo, uma ameaça a um político, a um agente econômico e depois vai até essa pessoa condicionando a remoção daquele perigo que você mesmo criou a uma contratação, a uma doação, é uma extorsão", ressaltou Zoucas.
As investigações apontam que a quadrilha atuava disseminando informações falsas em páginas de redes sociais. Quando um político não aceitava pagar por propaganda na falsa página de notícia de sua cidade, se transformava em alvo de constantes ataques políticos.
Ainda segundo o promotor, a quadrilha usava as redes sociais para a divulgação das fakes news contra os políticos. "Era basicamente redes sociais, então Facebook, Instagram, mas muito focada em Facebook". Ele ainda relatou que eles não utilizavam contas pessoais, eram "páginas com aparência jornalística". As páginas, de forma geral, seguiam um padrão de nome, sempre com um 'Folha de', seguida do nome de algum bairro ou cidade.
Além dos alvos políticos, como deputados estaduais, federais, vereadores e prefeitos, grandes empresários também foram alvos da quadrilha.
O delegado titular da DCRI, Pablo Sartori, relatou que o escritório dos criminosos ficava em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, mas eles atuavam desde Magé, até a Costa Verde. "Começou a dar certo na Baixada e ele foi expandindo".
Sartori ainda informou que todas as denúncias foram feitas por políticos, após as vítimas realizarem o registro, a investigação começou.
"Eram várias denúncias, vários inquéritos separados de crime contra a honra, contra políticos. A partir dai começamos uma ação conjunta com o Gaeco do MP, e conseguimos identificar que havia uma organização por trás disso, uma empresa montada que extorquia políticos que não quisessem contribuir com propagandas ou com doações da empresa dele [Igor Patrick da Silva]", ressaltou.
Durante a ação, materiais de informática, como hds, computadores e telefones, foram apreendidos.
Durante a ação, materiais de informática, como hds, computadores e telefones, foram apreendidos.
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