— Jornal O Dia (@jornalodia) December 21, 2020
Polícia faz operação contra quadrilha que praticava extorsões a políticos através de fake news
Agentes cumprem um mandado de prisão preventiva e oito de busca e apreensão pela prática dos crimes de extorsão, delitos contra a honra, falsidade ideológica e uso de documentos falsos
Rio - Policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DCRI) com apoio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), realizam, na manhã desta segunda-feira, uma operação contra uma organização criminosa suspeita de controlar pelo menos 20 páginas em redes sociais para extorquir políticos.
Os agentes cumprem um mandado de prisão preventiva e oito de busca e apreensão pela prática dos crimes de extorsão, delitos contra a honra, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. O homem apontado como líder da quadrilha, Igor Patrick de Souza, utilizava da divulgação de notícias falsas em redes sociais, desde 2017, para extorquir e cometer crimes contra as vítimas. Ele não estava em casa no momento da ação e já é considerado foragido.
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Segundo a polícia, as páginas nas redes sociais, usavam aparência de canais de informação e serviam para a prática de extorsão com grande número de vítimas. Os principais alvos eram políticos, como deputados estaduais, federais, vereadores e até prefeitos. A investigação também aponta que a quadrilha atuava de forma empresarial, quando um político não aceitava pagar por propaganda na falsa página de notícia de sua cidade, se transformava em alvo de constantes ataques políticos, com divulgação de fake news.
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De acordo com o MP, liderados por Igor, Felipe Dias Dodó, Andressa Aline Pimentel de Carvalho, Rodrigo Menezes de Vasconcellos, Danyella Jesus da Silva e Sinaria de Carvalho da Silva desenvolvem suas atividades através de duas pessoas jurídicas, a Folha de Caxias e a Informarketing Publicidade, responsáveis pela publicação de notícias jornalísticas em redes sociais.
As falsas páginas de notícias atingiam políticos de Magé, na Baixada Fluminense, até Paraty, na Costa Verde, com atuação mais intensa nos municípios da Baixada.
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Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em vários endereços da Baixada e Região Metropolitana.