Publicado 22/12/2020 11:09 | Atualizado 22/12/2020 19:46
Rio - O empresário Rafael Alves, preso na operação do Ministério Público e a Polícia Civil, na manhã desta terça-feira, é apontado pelo MP do Rio como o chefe de um esquema de corrupção na prefeitura do Rio, conhecido como "QG da Propina".
"A prisão se revela espalhafatosa e desnecessária. A defesa confia na pronta reparação desta violência jurídica”, afirma João Francisco Neto, advogado de Rafael Alves.
Além do empresário, o atual prefeito Marcelo Crivella, o delegado aposentado Fernando Moraes, o ex-tesoureiro das campanhas de Crivella, Mauro Macedo e os empresários Adenor Gonçalves dos Santos e Cristiano Stockler Campos também foram presos.
Rafael também teria sido o responsável, segundo o MP, por introduzir o empresário José Antônio Soares Pereira Júnior, JR Pereira, na administração pública municipal. JR é dono da Rio Motorpark, companhia que foi declarada vencedora (e única a concorrer) na licitação para a polêmica construção de um autódromo na região de Deodoro, Zona Oeste do Rio.
Todos os presos foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.
Esquema se intensificou nas eleições de 2016, aponta denúncia
De acordo com os depoimentos prestados pelo doleiro Sérgio Mizrahy à Polícia Civil do Rio, a empreitada criminosa teria se intensificado em 2016, durante a campanha eleitoral de Marcelo Crivella. Segundo a decisão judicial que culminou com as prisões desta terça-feira, naquela ocasião, Rafael Alves pediu a Crivella que providenciasse contas bancárias pelas quais pudesse receber quantias em espécie a serem utilizadas na referida campanha.
"Uma vez eleito Marcelo Crivella, o denunciado Rafael Alves passou a ocupar uma sala na sede da Riotur, mesmo sem exercer qualquer cargo público, local onde o colaborador esteve por diversas vezes para lhe entregar valores em espécie provenientes das operações de troca de cheques mediante cobrança de 'taxa de serviço'..."
De acordo com a delação de Mizrahy, Rafael Alves cobrava propina para autorizar o pagamento de faturas atrasadas a empresas credoras da prefeitura, destinando o percentual de 20% a 30% a Marcelo Alves, irmão de Rafael Alves e então presidente da Riotur, e outro percentual ao próprio Prefeito Marcelo Crivella.
"Corroborando os fatos narrados pelo colaborador Sérgio Mizrahy, na data da sua prisão pela Polícia Federal foi arrecadado na sua casa um cheque no valor de R$ 70.000,00, da empresa Randy Assessoria, pertencente ao empresário e hoje denunciado/colaborador João Alberto Felippe Barreto", acrescenta a desembargadora.
De acordo com os depoimentos prestados pelo doleiro Sérgio Mizrahy à Polícia Civil do Rio, a empreitada criminosa teria se intensificado em 2016, durante a campanha eleitoral de Marcelo Crivella. Segundo a decisão judicial que culminou com as prisões desta terça-feira, naquela ocasião, Rafael Alves pediu a Crivella que providenciasse contas bancárias pelas quais pudesse receber quantias em espécie a serem utilizadas na referida campanha.
"Uma vez eleito Marcelo Crivella, o denunciado Rafael Alves passou a ocupar uma sala na sede da Riotur, mesmo sem exercer qualquer cargo público, local onde o colaborador esteve por diversas vezes para lhe entregar valores em espécie provenientes das operações de troca de cheques mediante cobrança de 'taxa de serviço'..."
De acordo com a delação de Mizrahy, Rafael Alves cobrava propina para autorizar o pagamento de faturas atrasadas a empresas credoras da prefeitura, destinando o percentual de 20% a 30% a Marcelo Alves, irmão de Rafael Alves e então presidente da Riotur, e outro percentual ao próprio Prefeito Marcelo Crivella.
"Corroborando os fatos narrados pelo colaborador Sérgio Mizrahy, na data da sua prisão pela Polícia Federal foi arrecadado na sua casa um cheque no valor de R$ 70.000,00, da empresa Randy Assessoria, pertencente ao empresário e hoje denunciado/colaborador João Alberto Felippe Barreto", acrescenta a desembargadora.
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