Veja quem são os outros alvos da operação que prendeu Marcelo Crivella
Além de Marcelo Crivella, mais seis pessoas foram presas na operação do Ministério Público com a Polícia Civil
Rio - Na operação do Ministério Público com a Polícia Civil, na manhã desta terça-feira, além do prefeito do Rio, Marcello Crivella (Republicanos), mais seis pessoas também foram presas apontadas no envolvimento do esquema de corrupção, conhecido como "QG da Propina". O empresário Rafael Alves; o ex-tesoureiro de Crivella, Mauro Macedo; o ex-delegado Fernando Moraes; o ex-deputado Eduardo Lopes e os empresários Cristiano Stocler e Adenor Gonçalves também foram alvos.
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Rafael Alves
Rafael Alves é empresário e apontado pelo Ministério Público como um dos líderes do "QG da Propina" dentro da Prefeitura do Rio. Ele também teria sido o responsável, segundo o MP, por introduzir o empresário José Antônio Soares Pereira Júnior, JR Pereira, na administração pública municipal. JR é dono da Rio Motorpark, companhia que foi declarada vencedora (e única a concorrer) na licitação para a polêmica construção de um autódromo na região de Deodoro, Zona Oeste do Rio.
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"A prisão se revela espalhafatosa e desnecessária. A defesa confia na pronta reparação desta violência jurídica”, afirma João Francisco Neto, advogado de Rafael Alves.
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Alves é filiado ao partido do prefeito, Republicanos, e em 2016 ele foi pré-candidato à prefeitura de Angra em 2016.
Mauro Macedo
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Mauro Macedo é ex-tesoureiro e atuou junto a Crivella nas campanhas de 2004 à prefeitura e de 2010 ao Senado. Ele chegou a ser denunciado que teria recebido doações não declaradas de R$ 450 mil da Fetranspor, entre os anos de 2010 e 2012.
Fernando Morais
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Fernando Morais é delegado aposentado e ex-chefe da Divisão Anti-Sequestro (DAS) da Polícia Civil. Ele foi vereador pelo MDB e durante o governo Pezão, em 2019, ocupou o cargo de conselheiro da Agetransp.
Em novembro deste ano, ele viralizou nas redes sociais ao divulgar um vídeo afirmando que as transações pelo PIX facilitariam sequestros.
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Na ação desta terça-feira, ele foi levado para a Polinter, por estar com sintomas de covid-19.
Eduardo Lopes
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O ex-senador Eduardo Lopes também teve o mandato de prisão expedido, mas ele não foi encontrado em sua casa no Rio de Janeiro. Segundo informações, ele teria se mudado para Belém e deve se apresentar à polícia. Ele foi senador do Rio pelo mesmo partido de Crivella e era suplente de Marcelo Crivella. Ele também foi secretário de Pecuária, Pesca e Abastecimento do governo Witzel.
Os outros dois presos são Cristiano Stockler, que é empresário da área de seguros e Adenor Gonçalves dos Santos também é empresário. Adenor foi levado para a Polinter, assim como Fernando Morais, por apresentar sintomas da covid-19.
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Todos os presos passarão por uma audiência de custódia na sede do Tribunal de Justiça, no Centro do Rio. A audiência está marcada para as 15h e será presidida pela mesma desembargadora que decretou as prisões preventivas dos réus, Rosa Helena Penna Macedo Guita, que está de plantão. Eles deverão comparecer presencialmente à audiência.