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Por Jessyca Damaso
Publicado 08/01/2021 10:51
Rio - A Prefeitura do Rio divulgou, na manhã desta sexta-feira, o primeiro Boletim Epidemiológico da covid-19, elaborado pelo novo Centro de Operações de Emergências – COE COVID-19 RIO. Segundo a lista, que será divulgada semanalmente, sempre às sextas-feiras, 18 bairros têm risco alto para o coronavírus, levando em conta óbitos e internações.
Outros 15 bairros apresentam risco moderado para a doença. Até o momento, nenhuma área da cidade está com risco muito alto ou baixo para a covid-19. Através do boletim, é possível identificar onde ocorre a maior circulação do vírus e em quais áreas as pessoas estão ficando mais doentes.
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Eduardo Paes apresenta primeiro Boletim Epidemiológico da Covid-19Divulgação / Prefeitura do Rio
Segundo o prefeito Eduardo Paes, esse balanço foi dividido por Região Administrativa, com o objetivo de combater a doença através de medidas específicas para cada localidade.

"A cidade não é uma coisa só. Não dá para imaginar que a realidade de Santa Cruz é a mesma realidade do Leblon. As medidas tomadas a partir de hoje não serão mais necessariamente uniformes para toda a cidade", explicou Paes.
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"Se as pessoas não se comportarem de forma adequada, e tiver uma situação de uma região administrativa com risco muito alto, tem a chance de fechar determinados comércios. Me refiro a toda a Zona Sul, Barra da Tijuca, Santa Cruz, Bangu, Anchieta. Se não se cuidarem, há a chance de ir para o risco muito alto", acrescentou o prefeito.
O prefeito explicou que, por meio de uma resolução conjunta com as secretarias Estadual e Municipal de Meio Ambiente, a ser publicada na próxima semana, haverá regras que deverão ser obedecidas em cada estágio de contaminação.
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"As diferentes regras vão funcionar a partir desse mapa que será divulgado toda sexta-feira. Por exemplo, numa situação de risco alto, nós temos uma série de restrições previstas para shoppings, boates e que são restrições que hoje, por causa das confusões das regras, ou não são aplicadas, ou não são implementadas. Ninguém entende absolutamente nada. Dada essa confusão, a gente publica na semana que vem essa resolução explicando para cada tipo de atividade comercial o que vai acontecer e nós passamos, a partir do boletim da próxima sexta, a implementar essas medidas. Serão restrições bastante firmes. A prefeitura não tem condições de ficar de babá da população".
Recomendações à população para a utilização dos espaços públicos:
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Áreas de risco moderado - fica permitido o acesso à população aos espaços públicos desde que haja cumprimento das medidas protetivas permanentes; se respeite o distanciamento social de 2 metros ou 1,0 m com mitigação de risco, onde 2,0 m não forem viável; é obrigatório a ampliação do horário de funcionamento.
Áreas de risco alto - limitação de público em 1/2 da capacidade do espaço; é obrigatório a ampliação do horário de funcionamento.
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Áreas de risco muito alto - limitação de público em 1/3 da capacidade interna do estabelecimento; vedada a entrada para maiores de 60 anos e/ou pessoas com situações clínicas de extrema vulnerabilidade; é obrigatório a ampliação do horário de funcionamento.
De acordo com o secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, o estudo ainda mostra que a maior quantidade de casos de Covid-19 está entre as pessoas com faixa etária entre 20 e 60 anos. Portadores de cardiopatia e diabetes, além de idosos acima de 60 anos, estão entre os casos mais graves, que podem ser levados a internação e a morte.
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Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a cidade do Rio registrou 15.312 mortes e 171.843 casos confirmados da Covid-19, até esta quinta-feira.
Bairros com alto risco para a Covid-19:
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Zona Norte: Tijuca, Rio Comprido, Vila Isabel, Méier, Irajá, Madureira e Anchieta.
Zona Oeste: Bangu, Campo Grande, Santa Cruz, Realengo, e Barra da Tijuca.
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Zona Sul: Botafogo, Copacabana e Lagoa.
Região Central e Ilha de Paquetá: Centro e Santa Teresa.
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Bairros com risco moderado:
Zona Norte: São Cristóvão, Ramos, Penha, Inhaúma, Ilha do Governador, Pavuna, Jacarezinho, Complexo do Alemão, Maré e Vigário geral.
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Zona Oeste: Guaratiba, Jacarepaguá, e Cidade de Deus.
Região Central: Zona Portuária
Zona Sul: Rocinha.
Vacinação
"Estamos caminhando para até o final desse mês começar a vacinação. O secretário Daniel Soranz vai para mais uma reunião com o Butantan. Temos um compromisso para comprar 3,3 milhões de doses. Estamos trabalhando para começar a vacinação no mesmo dia que São Paulo", afirmou Paes.
"A doença ainda está aí. Enquanto a vacina não vier, nós temos uma situação crítica. Peço a atenção de todos", acrescentou o prefeito.
No domingo, Soranz, divulgou que o plano prevê cerca de 2,6 milhões de cariocas vacinados na primeira etapa, dividida em quatro subgrupos:
1ª fase: idosos acima de 75 anos de idade; trabalhadores da saúde; indígenas, idosos em instituições de longa permanência, como asilos.
2ª fase: idosos na faixa etária de 60 a 74 anos.
3ª fase: pessoas com comorbidades
4ª fase: professores; profissionais das forças de segurança e salvamento; funcionários do sistema prisional; privados de liberdade.
Os 2,6 milhões de cariocas vacinados nesta primeira etapa representam pouco mais de 30% do total de habitantes da cidade (6,7 milhões) - serão necessárias 5.095.910 doses nesta fase, já que a vacina será administrada em duas doses. Para chegar ao quantitativo, a secretaria de Saúde fez uma planilha com o total de idosos que vivem no Rio: são 811.235 idosos acima de 75 anos; 2.181.861 idosos na faixa etária de 60 a 74 anos; 10.892 idosos em instituições de longa permanência.
Também há no município 545.197 trabalhadores da saúde; 97.225 professores; 92.205 profissionais das forças de segurança e salvamento; 991 funcionários do sistema prisional; 48.708 presos; e 339 indígenas.
Capital terá 450 pontos de vacinação
Sobre a vacinação no Rio, Soranz, afirmou que serão 450 pontos de aplicação das doses espalhados pela cidade, a maioria deles em Clínicas da Família.
"Se não fosse a Clínica da Família, seria muito difícil. São 10,5 mil profissionais de saúde envolvidos. Não é nada simples", declarou Soranz. "O calendário vai ser divulgado pelo programa nacional de imunização. A nossa expectativa é que se inicie no fim de janeiro. Esse calendário vai ser anunciado pelo Ministério da Saúde".
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