Marcinho, ex-Botafogo, deixa a delegacia ao lado do paiEstefan Radovicz / Agência O Dia
Por O Dia
Publicado 11/01/2021 11:43
Rio - O jogador Márcio Almeida de Oliveira, o Marcinho, estacionou o carro perto do local em que atropelou o casal de professores, no dia 30 de dezembro, e foi à casa de um amigo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. As imagens estão em câmeras de segurança da região do acidente.
As imagens mostram o percurso percorrido pelo jogador no dia do acidente, que vitimou Alexandre Silva Lima, de 44 anos, que morreu na hora, e a mulher dele, a professora Maria Cristina José Soares, 56 anos. Ela morreu após ficar internada em estado grave durante uma semana.
Publicidade
Assista ao vídeo: 
Publicidade
O vídeo mostra Marcinho em um supermercado, onde ele fica quase meia hora. Ele deixa o estabelecimento comercial e pouco tempo depois, o jogador atropela o casal.
Marcinho não presta socorro às vítimas, ele deixa o carro em uma via próxima ao local do acidente, e segue a pé para casa de um amigo no Recreio dos Bandeirantes.
Publicidade
Juntos há 13 anos, o casal de professores do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) tinha ido à praia jogar flores para Iemanjá na noite do dia 30 para evitar aglomerações na virada.
Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, Marcinho afirmou que não estava dirigindo acima da velocidade permitida e disse que não prestou socorro às vítimas por ter medo de ser linchado. "Eu fiquei com medo de ser realmente linchado", alegou o jogador de futebol à reportagem.
Publicidade
Investigação aponta que Marcinho estava acima da velocidade
O delegado Alan Luxardo, titular da 42ª DP (Recreio) e responsável pela investigação, informou que a evidência é que o jogador de futebol Marcinho estava a uma velocidade maior do que a informada na hora do acidente. No entanto, apenas o laudo pericial poderá constatar a informação. Marcinho será indiciado por duplo homicídio culposo.
Publicidade
Em depoimento, Marcinho disse que o casal atravessou fora da faixa de pedestres, garantiu que não estava embriagado e que dirigia em baixa velocidade – a cerca de 60km/h, abaixo do limite de 70km/h da pista. Apesar da versão, o veículo, uma Mini Cooper preta, ficou destruído. O jogador disse que não socorreu as vítimas porque teve medo de linchamento.
O veículo está registrado em nome de uma empresa de produtos hospitalares cujo sócio é Sergio Lemos de Oliveira, pai e empresário de Marcinho. Após ser localizado e submetido a perícia, o carro foi rebocado por um guincho da seguradora até a garagem da casa do pai de Marcinho - a partir daí a Polícia Civil passou a considerar o jogador suspeito.
Publicidade

Leia mais