Publicado 11/01/2021 16:16
Rio - O delegado da 42ªDP (Recreio), Alan Luxardo, que investiga o caso do ciclista Cláudio Leite da Silva, de 57 anos, morto atropelado pelo capitão do Corpo de Bombeiros João Maurício Correia Passos, de 36, afirmou ao O DIA, depois de ver um vídeo de câmeras de segurança de um posto em que o militar esteve antes do acidente, que o criminoso estava “visivelmente alterado”.
"Pelas imagens, a gente pode afirmar que ele estava totalmente fora de si. Não tinha condição alguma de dirigir qualquer veículo ou sequer andar. Com base nisso, eu o coloquei como homicídio doloso (quando há intenção de matar), junto com a fuga do local do acidente e a embriaguez ao volante", disse o delegado.
"Pelas imagens, a gente pode afirmar que ele estava totalmente fora de si. Não tinha condição alguma de dirigir qualquer veículo ou sequer andar. Com base nisso, eu o coloquei como homicídio doloso (quando há intenção de matar), junto com a fuga do local do acidente e a embriaguez ao volante", disse o delegado.
Luxardo contou ainda que o exame de alcoolemia de João deu negativo. “Como passaram horas do atropelamento, o exame de urina não detectou o álcool. Nós não podemos obrigar ele a fazer o exame de sangue, mas as imagens do posto já são suficientes [para incriminá-lo]”.
Perguntado sobre a quilometragem em que o veículo estava no momento em que atingiu Cláudio, o delegado frisou que ainda não é possível saber e que assim que sair o resultado, irá encaminhar à Justiça.
Sobre crimes anteriores cometidos pelo capitão, Luxardo disse que João tem passagens pela polícia por lesão corporal e ameaça na forma da Lei Maria da Penha, contra uma ex-companheira.
O delegado disse ainda que o criminoso não quis prestar depoimento e que só falará em juízo. João será levado para uma espécie de quartel general dos bombeiros ainda nesta segunda-feira.
Nenhum familiar da vítima esteve na 42ª DP. Ainda não há informações sobre o local e data do enterro de João.
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