Complexo do AlemãoReprodução Twitter
Por O Dia
Publicado 13/01/2021 11:33
Rio - Um intenso tiroteio assusta moradores do Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, na manhã desta quarta-feira. Nas redes sociais, internautas relataram a presença de policiais miliares, incluindo um blindado. Há também relatos de diversos tiros e explosões de granadas em vários pontos da comunidade. Um cinegrafista do Voz das Comunidades acusa PMs por truculência.
Em seu perfil no Twitter, a PM disse que policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) foram atacados a tiros durante um patrulhamento na localidade conhecida como Área 5. Houve confronto. Segundo a corporação, equipes do Grupamento Tático de Polícia Pacificadora (GTPP) continuam "operando no terreno" e um fuzil foi apreendido até o momento.
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OTT-RJ Informa:

13/01 - 09:25h

Vídeo dos tiros no Complexo do Alemão, na localidade Birosca. Clima ainda tenso na região.#OTTRJ pic.twitter.com/Errz6h1DCT
O perfil no Facebook do "Voz das Comunidades" publicou uma denúncia de truculência contra PMs. Segundo eles, o cinegrafista Renato Moura foi revistado, teve seu celular quebrado.
A Polícia Militar afirma que saindo da localidade, houve discussão com integrantes do Voz das Comunidades que, segundo eles, iriam expor a face dos policiais que atuaram na ocorrência. "Isso representou uma ameaça para os agentes, que apreenderam o celular que fazia a filmagem".
Capa do celular do cinegrafista quebradaReprodução Twitter
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Toda a ocorrência está sendo levada para a 44ªDP e a Coordenadoria de Polícia Pacificadora irá apurar o caso com supervisão da Corregedoria.
"A Secretaria de Estado de Polícia Militar reitera seu compromisso com a apuração dos fatos e sua consideração para com os profissionais da área de comunicação", informou a corporação.
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Moradores do Santa Marta têm casas invadidas por policiais militares
Na segunda-feira, moradores da comunidade de Santa Marta, na Zona Sul do Rio, relatam que tiveram suas casas invadidas por policiais militares. Uma das vítimas foi o repórter fotográfico Alexandre Firmino, que teve a casa arrombada, por volta das 7h, por dois agentes que portavam fuzis. Segundo Alexandre, eles entraram com uma chave mestra pelo primeiro portão com grades e arrombaram a segunda porta que dá para o interior da casa.
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"Tem um portão com grade na frente que é reforçado e tem uma porta de entrada da casa que é reforçada. Eu estava dormindo simplesmente, comecei a ouvir uns barulhos batendo, parecia até uma marreta na porta, minha filha se assustou, eu saí do quarto e quando vi fui abordado por dois policiais com um fuzil apontado na minha cara".
O repórter fotográfico contou ao DIA que esta é uma prática recorrente da polícia da comunidade e que não sabe como explicar para a filha sobre a invasão dos policiais.
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"O pé na porta existe, é uma prática da polícia militar. O Estado vem e mete o pé na minha porta. E o que vai acontecer? Vou ter que colocar câmera, fechadura para me proteger não do bandido e sim da polícia, isso é inversão de valores. E o que eu vou falar para a minha filha? Para ela não ter medo da polícia? Eu ainda estou impactado, porque ninguém quer ser abordado assim dentro de casa", afirmou.
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