Capitão da PM Marcelo Queiroz dos AnjosReprodução
Por O Dia
Publicado 02/03/2021 14:57
Rio - O chefe de uma organização criminosa especializada em furto de combustíveis em municípios da Baixada Fluminense se entregou à polícia da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) na tarde desta terça-feira. Ele foi identificado como Marcelo Queiroz dos Anjos, um capitão da Polícia Militar, lotado na Ajudância Geral, no QG da PM.
Queiroz era considerado foragido da operação Porto Negro, da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). De acordo com as investigações, a quadrilha liderada pelo PM furtou ao todo 169,5 mil litros de petróleo e causou um prejuízo de cerca de R$ 2 milhões para a Transpetro/Petrobrás. 
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Nesta manhã, durante a operação, agentes prenderam quatro suspeitos de integrar a organização criminosa. Os policiais deveriam cumprir cinco mandados de prisão - Marcelo Queiroz dos Anjos era o último que faltava -, além de 14 de busca e apreensão.
Investigação
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As investigações contra o grupo criminoso duraram seis meses. O início se deu após uma descoberta de perfuração de dutos da Transpetro no município de Guapimirim em junho de 2020. Logo depois, a polícia encontrou buracos para furto de petróleo em Nova Iguaçu e em Queimados, também na Baixada Fluminense. Ao todo, foram furtados 169,5 mil litros do combustível em três roubos diferentes. 
Possíveis funcionários da Petrobrás envolvidos
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O Ministério Público do Rio (MPRJ) irá investigar se funcionários da Petrobras passam informações privilegiadas sobre a localização dos dutos de petróleo para os integrantes da organização criminosa especializada em furtar o material, na Baixada Fluminense. A Polícia Civil também garantiu que irá dar continuidade nas investigações da operação Porto Negro.
"A certeza é de que há mais pessoas envolvidas, isso é certo. A investigação vai continuar para identificar as outras pessoas, e a gente trabalha com a possibilidade concreta de que alguém de dentro da empresa passa informação para quadrilha", afirmou o promotor Rogério Sá Ferreira, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MP).
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