Marcelo Queiroz, já foi condenado anteriormente por ter envolvimento com uma quadrilha que furtava fios de telefonia
Marcelo Queiroz, já foi condenado anteriormente por ter envolvimento com uma quadrilha que furtava fios de telefoniaReprodução
Por Thuany Dossares
Rio - Apontado como o líder da organização criminosa especializada em furto de petróleo, na Baixada Fluminense, o capitão da Polícia Militar, Marcelo Queiroz, já foi condenado anteriormente por ter envolvimento com uma quadrilha que furtava fios de telefonia. A informação foi confirmada pelo Ministério Público do Rio. O PM segue foragido. 
"Durante a investigação levantamos o histórico dele e vimos que ele já é condenado há 10 anos de prisão por organização criminosa e furto de cabos de telefonia. Ele já é condenado e também era líder dessa outra organização, agora porque ainda está na ativa eu não sei. A condenação saiu em 2010", declarou o promotor do Gaeco, Rogério Sá Ferreira. 
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A Polícia Civil foi até o endereço de Marcelo Queiroz, na Vila da Penha, na Zona Norte do Rio, para cumprir o mandado de prisão, mas ele não foi encontrado e segue foragido. Em seu apartamento, os agentes encontraram o celular do oficial e recibos. 
"Foram achados alguns recibos que serão analisados, contendo cifras expressivas em dinheiro e todo esse material será analisado, periciado e anexado aos autos. Os valores dos recibos nos chamaram atenção e estamos investigando se eles são resultado dessa venda de petróleo", explicou o delegado André Leiras, titular da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD). 
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Atualmente, o capitão é lotado Ajudância Geral, no Quartel General (QG) da PM. No entanto, mesmo sendo oficial da Polícia Militar, Marcelo Queiroz não valia de sua condição policial para favorecer as ações da organização criminosa que liderava, de acordo com a apuração do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio. 
A reportagem procurou a corporação, mas ainda não teve retorno. 
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Operação Porto Negro 
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A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio (MPRJ), através do Gaeco, realizam, na manhã desta terça-feira, uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada em furto de combustíveis, em municípios da Baixada Fluminense. O objetivo é cumprir cinco mandados de prisão e 14 mandados de busca e apreensão. Além do Estado do Rio, há mandados de busca e apreensão cumpridos em Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
Até o início da tarde desta terça, quatro alvos já haviam sido presos e apenas o capitão Marcelo Queiroz se encontra foragido. A quadrilha liderada pelo PM furtou ao todo 169,5 mil litros de petróleo e causou um prejuízo de cerca de R$ 2 milhões.
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Desde 2015, a Polícia Civil e o MP registraram 259 incidentes de tentativas ou furtos consumados de combustível em dutos da Petrobras:
2015 – 11
2016 – 32
2017 – 95
2018 – 69
2019 – 40
2020 – 12 (até setembro)
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De Guapimirim para o Paraná
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De acordo com as investigações da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), que começaram há seis meses, a quadrilha furtava petróleo diretamente de dutos da Transpetro/Petrobras, no município de Guapimirim. O combustível era transportado para Rolândia, no Paraná, para adulteração e revenda.

O segundo homem na quadrilha, de acordo com a polícia e o MP, é Gilson Cunha Júnior. Ele foi preso em cumprimento de mandado de prisão e, em sua casa, na Mangueirinha, em Duque de Caxias, foi encontrado material de trepanação e armazenamento de óleo e combustível. Um tanque para armazenar combustível também foi encontrado em frente à casa de Gilson.

Os agentes também prenderam Jorge Dias Braga, cunhado de Gilson. Ele foi encontrado num imóvel próximo ao do seu familiar.

Através de escutas telefônicas autorizadas pela justiça, os investigadores descobriram que a organização criminosa atuava também em Nova Iguaçu e Queimados, na Baixada Fluminense.

Segundo os agentes, o grupo chegou a cavar um túnel subterrâneo para acessar o duto. Eles alugaram uma retroescavadeira para abrir uma via de acesso aos caminhões tanque ao local da retirada de petróleo.

O prejuízo causado pelas perfurações já chegou a R$ 2 milhões.