Publicado 14/04/2021 17:07 | Atualizado 14/04/2021 19:30
Rio - A babá de Henry, Thayna de Oliveira Ferreira, seu namorado e sua tia foram nomeados para a Prefeitura do Rio desde 2015. Durante depoimento, a babá citou que diversos parentes seus eram empregados pelo vereador Dr. Jairinho, que está preso investigado por ser autor do homicídio duplamente qualificado contra o menino Henry, de 4 anos.
As nomeações de Thayna, de seu noivo Erick Pigliasco e da irmã do Dr. Jairinho, Thalita Fernandes Santos, na Prefeitura do Rio foram reveladas pelo blog do jornalista Ruben Berta e confirmadas pelo DIA. A nomeação da tia de Thayna, Suheida D'Ávila, foi citada pela babá em depoimento e também confirmada pelo DIA.
Thayna Oliveira Ferreira foi nomeada para exercer o Cargo em Comissão de Assistente I, no dia 14 de abril de 2015. A nomeação foi assinada pelo então secretário da Casa Civil Guilherme Nogueira Schleder, hoje secretário de esportes do terceiro mandato de Eduardo Paes como prefeito do Rio.
Irmã de Jairinho, Thalita Fernandes Santos, também foi nomeada naquele mesmo mês para o Cargo em Comissão de Assistente I.
Já o atual noivo da babá, Erick Machado Pigliasco, foi nomeado para exercer o Cargo em Comissão de Assessor da Subsecretaria de Esportes e Lazer, da Secretaria Municipal da Casa Civil em 4 de novembro de 2019, no mandato do ex-prefeito Marcelo Crivella.
A tia de Thayna foi designada em três anos consecutivos, entre 2017 e 2019, para acompanhamento de contratos firmados pelo Município com empresas relativos à subsecretaria de Esportes e Lazer.
Dr. Jairinho (sem partido) foi líder de governo na Câmara Municipal do Rio no segundo mandato de Eduardo Paes (DEM) e no mandato de Marcelo Crivella (Republicanos).
Em seu depoimento, Thayna disse ainda que seu tio Guilherme Santos é assessor pessoal de Jairinho. A Câmara Municipal informou que ele não é lotado no gabinete do vereador.
A babá começou a trabalhar para o casal Jairinho e Monique Medeiros por indicação de Thalita, já que a mãe de Thayna, Helena, é babá de seu filho Theo há dois anos.
A mãe do menino Henry Borel por sua vez ocupava um cargo de assistente do Tribunal de Contas do Município (TCM) do Rio, mas foi exonerada na última quinta-feira, dia de sua prisão. Monique Medeiros, era professora do município e estava lotada no gabinete do Conselheiro Luiz Antônio Guaraná. A servidora pública solicitou há um mês a licença luto e, posteriormente, licença especial, no Tribunal. Ela recebia, até o dia 24 de março, o salário de R$ 4.349,10 do TCM.
A reportagem aguarda o posicionamento da Prefeitura e não conseguiu contato com o ex-prefeito Marcelo Crivella. O espaço está aberto para manifestação.
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