Publicado 18/04/2021 00:00 | Atualizado 18/04/2021 13:38
Mais de 600 pessoas apontadas por integrar milícias foram presas pela Polícia Civil, nos últimos seis meses. O resultado foi possível graças a uma força-tarefa criada por determinação do governador em exercício, Cláudio Castro, para impedir crimes durante o período eleitoral. Mesmo com o fim das eleições, o Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), com o delegado Felipe Curi, continuou com os trabalhos que objetivam não só prender, mas asfixiar financeiramente os criminosos. Até agora, os milicianos já tiveram R$ 1,5 bilhão de prejuízo com as 84 operações, de acordo com o levantamento que O DIA teve acesso, com exclusividade.
"Temos que combater todo tipo de crime. A milícia é um deles. Mas, aqui no Rio, foram quase dez anos sem uma política de estado contra o avanço desses grupos. Não é possível pensar em segurança pública no Rio sem usar a inteligência contra os milicianos, como estamos fazendo. Criamos uma força-tarefa na Polícia Civil para atuar no núcleo das quadrilhas e asfixiar o poderio financeiro delas. A população já sente os efeitos com as prisões", afirmou Castro à reportagem.
Além dos capturados, 23 paramilitares morreram em confronto com os agentes. Em breve, a polícia pretende chegar aos principais procurados: Danilo Dias Lima, o Tandera; Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho; e Wellington da Silva Braga, o Ecko. "O cerco está se fechando, a gente está asfixiando eles. Cada operação que fazemos conseguimos ter uma quantidade de informações de inteligência absurdas. Temos percebido que isso tem incomodado muito eles e o recado é que a gente vai continuar, vai incrementar a força-tarefa ainda mais, até que o oxigênio deles acabe. Vão ficar sufocados, sem ter como respirar", disse Curi, diretor do DGPE.
Segundo dados de inteligência da Polícia Civil, a organização criminosa tem grandes pontos de atuação, principalmente, na Zona Oeste do Rio e na Baixada Fluminense, nos municípios de Belford Roxo, Nova Iguaçu, Seropédica, Duque de Caxias e Itaguaí. Mas investigações também demonstram que os milicianos tem se estendido para o Quitungo, na Zona Norte do Rio, cidades de São Gonçalo e Maricá, na Região Metropolitana, e Mangaratiba, na Costa Verde.
Operações já deram prejuízo bilionário a milícia
Prisões de matadores da milícia e puxadores de guerras
Criada para reprimir homicídios e tentativas de homicídios na Baixada Fluminense, durante o período pré-eleitoral, principalmente cometidos pelos milicianos, e apurar a relação de candidatos com organizações criminosas, a força-tarefa da Polícia Civil se estendeu até conseguir capturar os principais matadores da milícia.
Das 604 prisões, o delegado Felipe Curi pontuou que uma das mais importantes foi a do irmão de Macaquinho, Michel Gomes Menezes, o Chechel, em novembro. Na ocasião, ele e mais cinco criminosos se preparavam para invadir comunidades controladas por traficantes do Comando Vermelho (CV).
Apontado como o principal matador do grupo liderado por Ecko, Gil Jorge Santos de Aquino Júnior, conhecido como Da Cova, também foi capturado pela força-tarefa, assim como o segurança do chefão da milícia, Alexandre Felipe Mendes, o Taz.
Entre os 23 mortos em confronto com os policiais civis, está o ex-PM Anderson de Souza Oliveira, o Mugão. As investigações apontaram que ele era integrante do grupo de matadores de aluguel 'Escritório do Crime', além de ser diretamente ligado ao miliciano Macaquinho.
"Nesse trabalho de você prender o miliciano, você está agindo diretamente no combate aos homicídios. Prendemos pessoas que eram responsáveis diretas pelas execuções da milícia, que a gente chama de matador da milícia, pessoas que eram do escritório do crime, que puxam guerra com o tráfico, e isso gera homicídios. Tiramos essas pessoas de circulação", finalizou Curi.
Das 604 prisões, o delegado Felipe Curi pontuou que uma das mais importantes foi a do irmão de Macaquinho, Michel Gomes Menezes, o Chechel, em novembro. Na ocasião, ele e mais cinco criminosos se preparavam para invadir comunidades controladas por traficantes do Comando Vermelho (CV).
Apontado como o principal matador do grupo liderado por Ecko, Gil Jorge Santos de Aquino Júnior, conhecido como Da Cova, também foi capturado pela força-tarefa, assim como o segurança do chefão da milícia, Alexandre Felipe Mendes, o Taz.
Entre os 23 mortos em confronto com os policiais civis, está o ex-PM Anderson de Souza Oliveira, o Mugão. As investigações apontaram que ele era integrante do grupo de matadores de aluguel 'Escritório do Crime', além de ser diretamente ligado ao miliciano Macaquinho.
"Nesse trabalho de você prender o miliciano, você está agindo diretamente no combate aos homicídios. Prendemos pessoas que eram responsáveis diretas pelas execuções da milícia, que a gente chama de matador da milícia, pessoas que eram do escritório do crime, que puxam guerra com o tráfico, e isso gera homicídios. Tiramos essas pessoas de circulação", finalizou Curi.
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