Publicado 05/05/2021 15:19
Rio - A Delegacia de Proteção da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) ouviu, nesta terça-feira (4), o depoimento de uma testemunha que tinha conhecimento sobre os episódios de tortura física e mental contra uma criança de 3 anos, praticados pela própria mãe, identificada como Isabele de Souza da Silva. Em depoimento, a testemunha se referiu à mulher como "uma pessoa dotada de frieza e sem qualquer tipo de compaixão". Isabele foi presa em flagrante na terça-feira suspeita de torturar e causar maus-tratos contra o próprio filho. O menino foi encontrado por policiais da Dcav na casa onde morava com a mãe, a avó e uma prima de 8 anos, no Morro do Urubu, na Zona Norte do Rio.
Desnutrida, desidratada e com marcas pelo corpo, a criança foi encaminhada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro da cidade. De acordo com a unidade, o estado dela é estável. O delegado responsável pelo caso, Adriano França, vai solicitar um pedido de conversão da prisão em flagrante em preventiva, pois, em liberdade, Isabele "pode colocar em risco a vida da criança e de terceiros". Para ele, não resta a menor dúvida do crime de tortura.
Isabele também é investigada pela Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (DEAPTI), para apurar se ela teria cometido crimes de agressões previstos no Estatuto do Idoso por "expor a perigo a integridade e a saúde física e psíquica e apropriar-se de bens, provento ou pensão do idoso", sendo a vítima sua própria mãe. A investigada teria também fazia diversos empréstimos no nome da idosa sem o seu conhecimento.
Isabele confessou que realizava empréstimos consignados no nome da mãe e que o dinheiro teria sido usado para comprar roupas para o menino e para a idosa, além de compras de supermercado para a casa. Quando questionada sobre as agressões contra o filho, Isabele preferiu falar somente em juízo.
A mulher foi levada para a penitenciária de Benfica, na Zona Norte do Rio, onde aguarda a audiência de custódia que vai definir se ela ficará presa até o julgamento ou não. O Conselho Tutela do Centro do Rio também já solicitou medidas sobre a guarda do menino e da sobrinha de 8 anos. A menina não apresentou sinais de agressão.
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