Publicado 12/06/2021 09:41 | Atualizado 12/06/2021 11:58
Rio - Morreu na manhã deste sábado (12), Wellington da Silva Braga, o Ecko, um dos maiores milicianos do Rio de Janeiro, durante uma operação da Polícia Civil no bairro de Paciência, na Zona Oeste do Rio. Ele chegou a ser socorrido de helicóptero e levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, ainda com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Ecko foi encontrado em casa, com esposa e filhos.
Imagens obtidas pelo Dia mostram que o chefe da maior milícia do Rio estava consciente. Ele foi baleado pelo menos duas vezes pouco abaixo do peito durante o cerco da Polícia Civil. A operação, batizada de Dia dos Namorados, é parte da Força-Tarefa de Combate às Milícias, criada em outubro de 2020, com o objetivo de asfixiar o braço financeiro das organizações criminosas.
Ecko liderava a maior milícia do Rio de Janeiro, que atua na Zona Oeste e regiões da Baixada Fluminense. Ele foi encontrado na casa de parentes na comunidade das Três Pontes, em Paciência, Zona Oeste do Rio. O criminoso estava ao lado de esposa e filhos.
Nas redes sociais, o secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, agradeceu ao governador do Rio Cláudio Castro pela confiança para que a operação fosse realizada. "Missão dada pelo senhor e cumprida pela SEPOL", escreveu ele.
A ação deste sábado foi coordenada pelo Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), com apoio da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD), da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) e do Serviço Aeropolicial (SAER).
A ação deste sábado foi coordenada pelo Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), com apoio da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD), da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) e do Serviço Aeropolicial (SAER).
Interceptações telefônicas ajudaram operação
Interceptações telefônicas autorizadas pela 1ª Vara Criminal Especializada em Combate ao Crime Organizado, do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), ajudaram na operação policial deste sábado (12), que localizou Ecko. No últimos cinco meses, o juízo da Vara, em trabalho com a Polícia Civil, determinou a interceptação telefônica de Ecko, da esposa do miliciano e de outras pessoas próximas.
A milícia de Ecko
Wellington da Silva Braga teria assumido a liderança em algumas comunidades da Zona Oeste após as prisões de Pedro Paulo Silva de Oliveira, o Neném, e André Costa Barros, conhecido como Boto, que também são da milícia conhecida como Bonde do Ecko, a antiga Liga da Justiça.
Segundo investigações, Wellington foi quem coordenou a invasão de milicianos na comunidade Santa Maria, na Taquara, em abril deste ano. A milícia de Ecko também começou a agir na Gardênia Azul em janeiro. Os soldados do paramilitar mais procurado do Rio invadiram a comunidade, após uma briga com o antigo comparsa Danilo Dias Lima, o Tandera.
A região, que estava sendo controlada por Edmilson Gomes Menezes, conhecido como Macaquinho, que é comparsa de Tandera, foi invadida pelos aliados do Ecko, que tinham o objetivo de dominar os territórios controlados pelos novos inimigos.
Os agentes da Draco apuram a informação de que mais de 40 milicianos armados circulam pela comunidade constantemente. Segundo a polícia, vestidos com roupas escuras, colete a prova de balas, touca ninja e portando fuzis, os paramilitares monitoram a movimentação na Gardênia.
*Estagiária sob supervisão de Beatriz Perez
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