O governo do estadual lançou, nesta segunda-feira (14), o programa Bairro Seguro, que irá fornecer policiamento 24 horas em 28 localidades da capital e da Região Metropolitana.do Rio de Janeiro. Da esquerda para direita o soldado Thiago Barcellos, segundo sargento Edson dos Santos Lima, ambos do 16 BPM e o Major Leonardo Nogueira, coordenador do Programa Bairro SeguroDaniel Castelo Branco
Por Lucas Cardoso
Publicado 18/06/2021 18:16
Rio - O major Leonardo Nogueira, coordenador do Programa Bairro Seguro, que já atua em 29 localidades do estado, confirmou, nesta sexta-feira, em entrevista exclusiva ao DIA que nove novos bairros da cidade começam a receber o programa a partir de julho. Maria da Graça, São Cristóvão, Santa Teresa, Lapa, Bento Ribeiro, Curicica, Taquara, Anil e Santa Cruz serão os próximos a ter o modelo de policiamento de proximidade.
Os bairros devem receber esquema parecido com o que já é feito em unidades como a de Olaria, onde 12 policiais e, ao menos, seis viaturas fazem dois turnos de segurança 24 horas por dia. Ao todo, segundo Nogueira, são empregados hoje 407 policiais e 87 viaturas. O programa Bairro Presente iniciou sua operação na última segunda-feira. 
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"Nós entendemos que fazer a segurança pública é interagir com a comunidade. Porque é a busca da solução dos problemas locais, sejam eles de ordem da segurança, que é o nosso caso, é o nosso apoio em caso da solução de problemas que requerem envolvimento de outros setores públicos ou não da sociedade. Então, a aproximação da PM como representante de um órgão de segurança pública e essa interação com outros atores faz com que os bairros tenham o índice de criminalidade reduzidos", explica o major.


Para garantir essa aproximação, o policiamento terá sempre 10 policiais recorrentes em determinado bairro. A ideia dessa manutenção é promover uma maior interação local, possibilitando que a população se sinta mais à vontade em procurar os agentes de segurança.
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Uma das ferramentas usadas pelos agentes para ampliar essa sensação de proximidade é o uso de um aparelho de celular, exclusivo para cada equipe, que servirá de ponte direta de contato para a população, tanto por chamadas quanto via aplicativos de mensagens WhatsApp.
"Queremos resgatar a essência da palavra polícia, que é ser companheira do cidadão. Que é aquela instituição que se antecipa aos fatos, aos problemas, que ajuda o cidadão, que está ali para preservar, primeiramente, a vida do cidadão. Garantir seus direitos e preservar seu patrimônio", explica Nogueira.
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População aprova
O motorista de carros por aplicativo Fernando Ferreira, de 63 anos, morador de Olaria há mais de 20, a presença das equipes do programa em pontos fixos e em rondas é um alívio. "Vivemos tempos difíceis. Muitos assaltos, muitos furtos e pouca gente saindo de casa à noite. Isso piorou nos últimos anos. Então isso traz mais segurança para o nosso bairro e deve inibir os assaltos", disse o autônomo.
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Marcelo Mattos, de 50, dono de um restaurante inaugurado recentemente na localidade conhecida como Cinco Bocas, também no bairro, acredita que o aumento do policiamento vai interferir positivamente no movimento. "As pessoas ficam mais confortáveis de sair de casa para vir almoçar, comprar seu pão", lembra.
A possibilidade do contato via Wahatsapp foi o que mais chamou a atenção da aposentada Vania Rasga, de 63, que fez questão de ir até os policias na viatura baseada no largo das Cinco Bocas para pegar o contato. "Como assim no celular? Pelo Whatsapp mesmo?", disse surpresa a idosa que vive no bairro há mais de 20 anos.  
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Demandas locais
Segundo o major Leonardo, a interação com os moradores de Olaria e de outras localidades onde o programa já funciona é a rotina de reuniões com moradores, comerciantes e representantes do bairro. A proposta do encontro é adaptar ainda mais o trabalho às demandas do bairro. 
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"Geralmente os policiais se comunicam bastante com a associação de moradores. Nessas interações, eles estabelecem um dia para que essas pessoas do bairro, como comerciantes e moradores, possam discutir as questões da segurança pública. Isso porque cada bairro tem suas características. A gente precisa entender as necessidades de cada bairro, as demandas, e atuar em cima dessas questões", explica. 
Bairro Seguro
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O programa Bairro Seguro terá três etapas. A primeira já foi concluída e conta com 29 bairros. São eles: Cachambi, Cascadura/Quintino, Osvaldo Cruz/Campinho, Sulacap, Realengo, Padre Miguel, Bangu, Magalhães Bastos/Mallet, Penha, Olaria, Jardim Guanabara, Portuguesa, Ramos, Campo Grande I, Campo Grande II, Pavuna, Vila da Penha, Urca, Abelardo Bueno, Leme, São Conrado, Barra da Tijuca, Américas, Marapendi, Itanhangá, Vargem Pequena e Vargem Grande e Itapuaçu (Maricá).

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