Publicado 24/06/2021 14:33 | Atualizado 24/06/2021 18:04
Rio - Traficantes da Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, publicaram nas redes sociais, nesta quinta-feira, fotos exibindo diversas armas em posse da quadrilha que domina a região. Segundo análise do diretor da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança do Rio de Janeiro, Vinicius Cavalcante, o armamento exibido nas imagens aparenta ser novo e de qualidade.
"Os carregadores de grande capacidade que conferem a eles muita autonomia, assim, eles podem atirar muito. Um dos fuzis leva uma granada de bocal. Eles podem disparar essa granada contra veículos blindados e, no caso dos blindados da polícia, calcinar toda a tripulação, todo mundo que está dentro. Vai penetrar a blindagem e matar as pessoas que estão dentro", afirmou o especialista.
Segundo Vinicius, a exibição das diversas armas tem como objetivo mostrar o poderio e desencorajar facções rivais e as forças de segurança pública a pretenderem e tentarem contra eles.
De acordo com o especialista, a exibição do poderio, no entanto, possibilita a tentativa de localização das armas e identificação dos portadores do armamento, além de "produzir uma inteligência que vá fazer as ações policiais mais efetivas".
Procurada, a Polícia Militar informou, em nota, que "supostas imagens envolvendo suspeitas de práticas criminosas sejam encaminhadas à perícia para que um procedimento investigativo, que não é atribuição da Polícia Militar, seja feito".
Confira a nota na íntegra
"A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que as operações realizadas pela Corporação estão rigorosamente alinhadas ao que preconiza o ADPF 635 do Supremo Tribunal Federal (STF). Além de ser comunicado previamente, o Ministério Público estadual recebe relatórios sobre os resultados das operações, como pode acompanhá-las em tempo real por meio de um aplicativo desenvolvido com essa finalidade.
Transparentes e protegidas pela legislação em vigor, as operações são precedidas de informações do setor de inteligência da Corporação e de órgãos oficiais, sendo executadas com base em protocolos técnicos com foco central na preservação de vidas - da população local e de policiais militares envolvidos na ação.
Vale ressaltar que os policiais militares atuam num cenário complexo, construído há décadas pela disputa violenta por território entre organizações criminosas rivais, combatendo facções de traficantes e milicianos. Essas ações têm contribuído de forma significativa para redução expressiva e contínua dos indicadores criminais mais impactantes, tanto de crimes contra a vida como crimes contra o patrimônio.
É importante ainda que supostas imagens envolvendo suspeitas de práticas criminosas sejam encaminhadas à perícia para que um procedimento investigativo, que não é atribuição da Polícia Militar, seja feito."
Transparentes e protegidas pela legislação em vigor, as operações são precedidas de informações do setor de inteligência da Corporação e de órgãos oficiais, sendo executadas com base em protocolos técnicos com foco central na preservação de vidas - da população local e de policiais militares envolvidos na ação.
Vale ressaltar que os policiais militares atuam num cenário complexo, construído há décadas pela disputa violenta por território entre organizações criminosas rivais, combatendo facções de traficantes e milicianos. Essas ações têm contribuído de forma significativa para redução expressiva e contínua dos indicadores criminais mais impactantes, tanto de crimes contra a vida como crimes contra o patrimônio.
É importante ainda que supostas imagens envolvendo suspeitas de práticas criminosas sejam encaminhadas à perícia para que um procedimento investigativo, que não é atribuição da Polícia Militar, seja feito."
A Polícia Civil ainda não se pronunciou sobre o caso.
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