Publicado 06/07/2021 17:28
Rio - Uma foto obtida pela Polícia Civil mostra Bruno da Silva Loureiro, o Coronel, quilos mais magro. Há a informação de que ele estaria em tratamento por ter sido infectado com o vírus da Imunodeficiência humana (HIV) e, por isso, se encontra em tratamento em uma clínica do Complexo da Maré, na Zona Norte.
O traficante é apontado, em um inquérito da Dcod (Delegacia de Combate às Drogas), como um dos fornecedores de ferro para os pilotis das construções irregulares de milicianos em Rio das Pedras e Muzema. Conforme O DIA revelou, na segunda-feira, o metal tem origem em trilhos roubados da Supervia.
Além disso, Coronel possui nove anotações criminais e seria o chefe máximo da facção, acima mesmo de Álvaro Malaquias, o Peixão, na hierarquia do tráfico. Peixão é conhecido como líder do chamado Complexo de Israel, na Zona Norte.
PM executado: digital de 'Coronel'
Uma das investigações em curso conseguiu identificar a possível presença de Coronel no carro utilizado por bandidos que executaram o sargento Círio Damasceno Santos, de 51 anos. O agente foi morto com um tiro na cabeça, no dia 12 de outubro do ano passado, enquanto estava dentro da viatura, na Avenida Brasil, na altura do Muquiço.
O carro utilizado para o ataque, um Jeep, foi abandonado quilômetros depois. No veículo, uma digital de Coronel foi encontrada.
Solto em 2017 pela Justiça
Solto em 2017 pela Justiça
Apesar de ser preso duas vezes por envolvimento com tráfico, Coronel sempre saiu pela porta da frente da cadeia. A última saída data de 2017, quando a 2ª instância do Tribunal de Justiça determinou sua soltura, mesmo com o depoimento de dois policiais militares atestando que ele havia confessado ser chefe do tráfico do Muquiço, na ocasião em que foi preso, em 2015.
Por conta da prisão, ele foi condenado a cinco anos por associação ao tráfico e porte ilegal de arma. Segundo os policiais, ele foi encontrado após uma troca de tiros e, sozinho, ao lado de um comparsa morto, se entregou e disse que era o chefe do Muquiço. Além disso, apontou onde escondia armas e munições.
A defesa do traficante recorreu, alegando fragilidade das provas. À Justiça, Coronel disse que somente correu dos policiais por ser ex-presidiário e que o armamento não era dele.
Na ocasião, a Justiça disse que apesar do testemunho dos agentes ser idôneo, não parecia crível que o acusado tivesse admitido fazer parte do tráfico e apontado o esconderijo das armas na casa.
Desde que saiu da prisão, Coronel ostenta joias nas redes sociais, inclusive um cordão que, se verdadeiro, estaria estimado entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão.
Além disso, há testemunhos de que ele fuzila e concreta os corpos de desafetos, jogando os blocos em rios. Ainda nas redes sociais, Coronel aparece fazendo símbolos de alusão à facção, como em um vídeo em que está com um dos seus macacos de estimação, um mico-leão-dourado. Nas imagens, também há fuzis.
Ao lado dele, segundo a polícia, estaria JonanthanGaguinho, seu braço direito. O comparsa também aparece ao lado de um macaquinho, com cordão de ouro.
Informações podem ser passadas ao Disque Denúncia no 2253-1177.
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