Publicado 13/07/2021 13:00
Rio - De uma pistola apontada para si, ao alívio de não ter a vida ceifada. Mas a cena de terror ainda permanece na cabeça. Sobrevivente do ataque a tiros que resultou na morte de três pessoas e deixou outras quatro baleadas, incluindo o atirador, o produtor de eventos Paulo César Silva Motta Júnior, de 40 anos, disse que não pretende morar mais em Vigário Geral. Ele, que teve a arma apontada pelo assassino e só não foi baleado porque o armamento falhou, disse que todos ali eram amigos há anos. O autor dos disparos foi identificado como Fábio Damon Fragoso da Silva, de 46 anos, agente da Guarda Municipal do Rio, que está preso sob custódia.
"Até então ele era meu amigo de infância. Era, porque depois disso, não sei de mais nada. Eu perguntei a ele o que estava acontecendo e ele apontou a arma e tentou atirar por duas vezes contra mim, mas a arma falhou. Logo depois ele atirou duas vezes em outro amigo. Ele só matou trabalhador. Eu não tenho nada para falar com ele, quem vai falar com ele é Deus".
O produtor explica que saiu do bar e foi em casa jantar. Ao ouvir os disparos, acreditou se tratar de assalto e desceu o prédio.
"Fiquei preocupado porque minha madrinha mora aqui e pensei que fosse assalto, ouvi uma gritaria e desci para ver o que estava acontecendo. E assim que desci, ele chegou e apontou a arma pra mim, só que a arma falhou por duas vezes e escapei. Depois que ele foi pego, vi uma pessoa morta na cadeira, outra ali e soube que ele havia matado um rapaz que estava com a polícia", explica.
Os mortos são Anderson Pinto Lourenço, 47 anos, André Silva e o assessor parlamentar na Câmara Municipal Délcio Fernando Gonçalves, que não tiveram as idades reveladas.
Já os baleados são Antônio Pereira de Souza, 62 anos, e o atirador Fábio Damon Fragoso da Silva, 46 anos. O Dia Eles apresentam quadro clínico estável. Os pacientes Lucas Ferreira de Souza Alves, 25 anos, e Wilson Lima Fraga, 58 anos, apresentam estado de saúde grave, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.
A investigação está na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Familiares dos mortos estão no IML para conseguir a liberação dos corpos.
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