Publicado 19/07/2021 17:14 | Atualizado 19/07/2021 17:15
Rio - A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, nesta segunda-feira, que já identificou 83 casos da variante Delta no Rio de Janeiro. Segundo a pasta, 81 casos foram registrados em 12 municípios do estado e dois de pessoas que tiveram exames coletados no estado, mas ainda sem confirmação do município de residência. As secretarias municipais já foram notificadas para fazer a investigação epidemiológica, com apoio da SES.
Os sequenciamentos foram realizados pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) da UFRJ (66 amostras), pela Fiocruz (16) e pelo Albert Einstein em São Paulo (1). Os casos foram registrados nos municípios do Rio de Janeiro (23), São João de Meriti (17), Nova Iguaçu (11), Mesquita (7), Duque de Caxias (5), Japeri (4), Seropédica (4), Maricá (3), Queimados (3), Campos dos Goytacazes (1), Itaboraí (1), Itaguaí (1) e Niterói (1). O caso do morador de Campos a contaminação foi importada, após uma viagem dele para a Índia.
As análises realizadas pelo LNCC fazem parte do estudo Corona-Ômica-RJ, um dos maiores do país e idealizado pela Secretaria de Saúde. O estudo realiza a análise mensal de cerca de 800 amostras de todo o estado, com rodadas quinzenais e relatórios mensais publicados no site. Na última rodada de exames, a variante Delta representou 16,57% do total de amostras processadas, revelando um crescimento exponencial em relação ao resultado de 15 dias atrás. Na ocasião, foram identificados dois casos da variante.
Os dados mais recentes do monitoramento mostram a presença da variante Delta (B1.617.2), contudo, a linhagem P.1 (Gama/Brasil) continua sendo a mais frequente no estado. Além disso, há registro em baixa frequência da VOC B.1.1.7 (Alfa/Reino Unido), e declínio da P.2, desde novembro do ano passado.
O sequenciamento do vírus da covid-19 não é um exame de rotina nem de diagnóstico, é feito como vigilância genômica, para identificar modificações sofridas pelo vírus SARS-CoV-2 no estado.
Em nota, a SES ressaltou que "independentemente da cepa do vírus ou linhagem, as medidas de prevenção e métodos de diagnóstico e tratamento da covid-19 seguem os mesmos. Sendo assim, não há alteração nas medidas sanitárias já adotadas, como uso de máscaras e álcool em gel, lavagem das mãos e distanciamento social".
"Além disso, é importante que os municípios continuem avançando no processo de vacinação contra a covid-19 e que a população retorne para receber a segunda dose. Estudos mostram que todas as vacinas disponíveis no Brasil são eficazes contra as variantes identificadas até o momento", disse a pasta.
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