Buscas pelos meninos desaparecidos em Belford Roxo, na última sexta (30), encontrou saco com ossadaFotos Marcos Porto
Publicado 02/08/2021 18:40
Rio -- O exame antropológico da ossada encontrada no Rio Botas apontou que ela não é humana; os seis fragmentos compõem "vértebras caudais de animais". O DIA teve acesso ao laudo, feito pelo Serviço de Antropologia Forense (SAFO), do Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto (IMLAP). A Polícia apurava se a ossada pertencia a um dos três meninos desaparecidos no fim do ano passado, em Belford Roxo.
Com isso, a Polícia Civil deve retomar as buscas no rio à procura dos corpos, de acordo com a linha de investigação de que as crianças teriam sido mortas por traficantes após pegarem uma gaiola com um passarinho de canto. 
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Nas 18 páginas do documento, a perícia apontou que "o material consiste em seis fragmentos ensacados em sacos plásticos transparentes, retirados para o exame. Nota-se dois segmentos de osso longo seccionados, medindo 5x4 centímetros e 5x3 centímetros, exibindo canal medular de 3cm e 2cm de diâmetro respectivamente, com cortical medindo 1,2cm de espessura".
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Além disso, "nota-se quatro segmentos compostos de ossos longos cobertos por partes moles em avançado estado de putrefação, que medem 18, 12, 10 e 10 centímetros de extensão por 3 centímetros de largura". 
Após análise, foram identificados dez ossos longos,  com formato cilíndrico.
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Ainda de acordo com o exame, "foi observado também que o aspecto morfológico dos ossos longos completos de formato cilíndrico difere de ossos humanos; a presença das placas de crescimento abertas,
mostra-se tratar de indivíduo com esqueleto imaturo cujo tamanho dos ossos não corresponde ao de ossos humanos de subadultos e, pelo exposto, conclui-se tratar-se de vértebras caudais de animais e não de falanges humanas", diz trecho. 
As buscas no Rio Botas foram realizadas na sexta-feira, após testemunho do irmão de um traficante, dado na Agência de Inteligência do Batalhão de Belford Roxo, dois dias antes. Ele afirma que seu irmão foi obrigado a jogar sacos, que carregariam os corpos das crianças, no rio. O acusado, por sua vez, afirmou que realmente jogou os sacos no rio. 
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A possibilidade da morte das crianças, por conta do furto de uma gaiola, já era apurada pela polícia.
 
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