Publicado 04/09/2021 16:50 | Atualizado 04/09/2021 17:16
Rio - A família de Darah Moreira, camelô espancada até a morte na última segunda-feira afirma que recebeu um áudio da suspeita de agredir a jovem. Segundo os parentes da ambulante, Gabriele Galdino diz na mensagem que também foi atacada e que a ambulante teria morrido por causa do uso de drogas. "Não é assim não. Ela não morreu por minha causa, ela morreu sozinha por causa das drogas. Ela também me agrediu. Eu não tenho nada a esconder", fala a suposta agressora no áudio.
No áudio, que supostamente seria de Gabriele, ela ainda afirma que a investigação não vai dar em nada. "Não adianta ficar postando coisas no Facebook, isso não vai dar em nada, só vai dar em pizza".
Aline Duarte, de 37 anos, prima de Darah disse não saber se ela era usuária de drogas, mas que isso não muda o fato de que Gabriele bateu na vítima, levando-a à morte.
Aline Duarte, de 37 anos, prima de Darah disse não saber se ela era usuária de drogas, mas que isso não muda o fato de que Gabriele bateu na vítima, levando-a à morte.
"Não víamos ela há muito tempo. Não sei se ela era usuária de drogas. Mas, independente da minha prima usar drogas ou não, estar drogada ou não, ela (Gabriele) não tem o direito de fazer o que fez e bater na minha prima até a Darah morrer. Se minha prima estivesse drogada ela sabia e não deu chance da Dara se defender, no vídeo (que mostra a briga) fica bem claro. Ela (Gabriele) quer só tirar a culpa que é dela".
Uma amiga de Darah que não se identificou rebate a acusação de que a vítima teria agredido a suspeita. "Darah era muito boa, amiga e muito tranquila. Ela fugia de briga, tenho certeza que ela não tentou agredir ninguém", afirma.
A motivação da briga seria por conta de uma dívida de R$ 25. Darah morreu na última segunda-feira (30), em Cascadura, na Zona Norte. A sessão de espancamento foi filmada e publicada na internet. A agressão teria começado depois que Darah cobrou o dinheiro de volta. No vídeo, a ambulante é arrastada com chutes e pontapés na calçada de uma rua. Ela foi socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Madureira, mas já chegou ao local sem vida.
Nesta sexta-feira Gabriele Galdino foi ouvida pela polícia, mas não foi presa. Ela não é considerada foragida, por não haver nenhum mandado de prisão expedido. Segundo a Polícia Civil a mulher se apresentou na unidade policial, onde prestou depoimento. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). A Polícia Civil informou que os agentes aguardam o resultado do exame de necropsia para confirmar a causa da morte de Darah Moreira Duarte.
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