Familiares pediam justiça no enterroCleber Mendes/Agência O Dia

Rio - A ambulante Darah Moreira Duarte, de 25 anos, foi enterrada neste sábado, às 15h, no Cemitério de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Cerca de 30 familiares e amigos, vestidos com uma camisa que estampava a foto da jovem, estiveram presentes no local. Darah foi espancada até a morte, por conta de uma dívida de R$ 25, na última segunda-feira (30), em Cascadura, na Zona Norte.


Muito abalada, a mãe da jovem, Jaqueline Moreira, de 46 anos, passou mal e precisou ser amparada. "Por quê fizeram isso com a minha filha? Eu quero justiça. Minha filha era tão boa, acabaram com a minha vida", lamentou

A sogra de Darah, Marcia Carla de Araújo, de 44 anos, pediu justiça. "Matar uma pessoa por causa de R$25. Deixaram meu neto sem mãe. Eu quero justiça", disse Marcia Carla de Araújo, de 44 anos.

A irmã de Darah, Indayara Duarte, de 21 anos, disse que ela era uma pessoa boa, que não gostava de briga. "Minha irmã era camelô, não arrumava briga com ninguém. Ela era muito tranquila, não gostava de problemas, corria de briga. Os filhos dela estão muitos abalados".

Os familiares temem que a suspeita do crime, Gabriele Galdino, fuja. "A justiça tem que ser feita, minha família está sofrendo. Isso não pode ficar assim. Essa menina tem que ser presa. Ela devia a minha irmã R$ 25 e fez isso. Ela prestou depoimento e liberaram ela, a gente tem medo dela fugir", disse Indayara.

Agredida até a morte

A ambulante Darah trabalhava vendendo balas e teria deixado R$ 25 com Gabriele Galdino, suspeita de agredir a vítima até a morte. Uma sessão de espancamento foi filmada e publicada na internet. A agressão teria começado depois que Darah cobrou o dinheiro de volta. No vídeo, a ambulante é arrastada com chutes e pontapés na calçada de uma rua. Ela foi socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Madureira, mas já chegou ao local sem vida.

Nesta sexta-feira Gabriele Galdino foi ouvida pela polícia, mas não foi presa. Ela não é considerada foragida, por não haver nenhum mandado de prisão expedido. Segundo a Polícia Civil, a mulher se apresentou na unidade policial, onde prestou depoimento.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). A Polícia Civil informou que os agentes aguardam o resultado do exame de necropsia para confirmar a causa da morte de Darah Moreira Duarte.